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Não ouvem os gritos dos palestinos mortos

Por Walter Miranda

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No dia 21 de fevereiro de 2024 o Portal RCIA publicou um artigo de minha autoria, com o título: Israel precisa cessar fogo contra os palestinos, já! Nele apelei para que o histórico conflito entre Benjamin Netanyahu e o Hamas tivesse um final. O conflito, afirmara eu, poderia envolver todos os países da Arábia, composto por 22 estados, prejudicando os povos de todo mundo.

Confesso que não sou um expert conhecedor de um dos livros mais importantes do mundo, o mais vendido, que é a Bíblia. Diante dos conflitos de opiniões entre várias autoridades religiosas cristãs, islâmicas, judaicas, muçulmanas, confesso que tenho ficado muito preocupado, pois aprendi lendo a Bíblia, e comparando com o Torá e o Alcorão, que o criador de tudo e de todos, sempre nos ensinou o caminho do bem, do amor e da do perdão, e principalmente de que não podemos colocar o nosso coração no tesouro neste mundo.

Há meses estamos vendo, assustados e sem condições para fazer nada, um verdadeiro genocídio. As armas e munições israelenses usadas nos ataques ao povo palestino terminou no segundo mês, mas em dezembro de 2023 o aliado Estados Unidos garantiu que os ataques continuassem matando seres humanos inocentes, dentre eles mulheres, idosos, crianças, e até enfermos hospitalizados. Já são mais de 35 mil palestinos morto em retaliação. Netanyahu continua com seu plano de exterminar palestinos da face o planeta terra. Isso não é ideologia nazista e genocida?

Nesta conjuntura conflituosa, no mundo inteiro existem seres humanos, religiosos ou não, misericordiosos e solidários ao sofrimento da população mais pobre e injustiçada neste conflito militar objetivando ter de volta o espaço na região de Canaã depois Palestina, que Deus concedeu aos filhos de Abrão, reconhecido pela ONU em 14 de maio de 1948.

Um dos primeiros protestos de estudantes de uma universidade de elite dos EUA, a Universidade de Columbia em Nova York, repercutiu em todo mundo. Uma das principais reivindicações dos estudantes de Columbia, era que o fundo de investimentos criado para manter esta universidade privada, deixasse de investir em Israel, empresas bélicas e empresas que se beneficiam da ocupação israelense sobre territórios palestinos.

O mundo capitalista é cruel e insensível. Para ele é preciso ter armas, soldados, pesquisas científicas voltadas para fins militares. É preciso ter publicidades, relações diplomáticas, lobbys em todo mundo, objetivando acumular tesouros aqui da Terra. Tudo isso custa muito caro e, portanto, a guerra faz girar fortunas neste ecossistema econômico.

Acompanhamos as ocupações de universidades pelos jovens em vários países serem violentamente reprimidas pelas polícias. Em Nova York, a polícia despejou os ocupantes de Columbia no último dia 30 de abril. Aqueles jovens estão fazendo o que é correto, ou seja, lutando pela paz em Gaza e no mundo.  

Como denunciou a AI-Agencia Internacional Jazeera no final do ano passado, a indústria de armas de guerra, hoje o sonho de consumo da extrema-direita, são testadas pelos países fabricantes, dentre eles Israel, Rússia, Estados Unidos, em palestinos e seres humanos inocentes, trabalhadores, pobres no mundo inteiro, assassinando crianças em Gaza, franzinas, famintas e milhões de seres humanos no mundo.

Os poucos jovens da Universidade de Columbia em barracas deixaram todos esses agentes do mau, não tementes a Deus, que se dizem representantes e seguidores do criador de tudo e todos, religiosos, desmoralizados. Eles continuam não ouvindo os gritos das crianças palestina mortas e mutiladas.

(*) Walter Miranda, graduado em Economia e Contabilidade; mestrado em Ciências Contábeis pela PUC/SP; pós-graduado em Gestão Pública pela UNESP/Araraquara, militante do PSTU e da CSP-CONLUTAS Central Sindical e Popular.

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR