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Biocombustíveis ganham destaque na matriz energética

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O Brasil tem a matriz energética menos poluente entre os maiores consumidores globais no mercado de combustíveis. Segundo relatório divulgado pela AIE (Agência Internacional de Energia), o País é o que tem maior participação de fontes renováveis no setor e deve somar 45% em biocombustíveis no consumo final até 2023, principalmente em função da bioenergia nas áreas de transporte, indústria e hidroeletricidade.

De acordo com o diretor executivo da AIE, Faith Birol, o Brasil é a “estrela ascendente no uso sustentável de energia”. O País tem se destacado no acúmulo de investimentos em biocombustíveis e pode servir de inspiração para outros países, que deveriam cumprir os compromissos do Acordo de Paris (tratado que rege medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir de 2020, com o objetivo de combater as mudanças climáticas).

A previsão é de que no Brasil, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), regulamentada este ano, pode fortalecer as bases econômicas na produção de biocombustíveis e acelerar investimentos no setor e na produção de usinas. A tendência é que os países estrangeiros também se adaptem às políticas de energia sustentável, como a China, que em 2020 passará a misturar 10% de etanol à gasolina.

Ainda segundo levantamento feito pela AIE, a bioenergia moderna (etanol e biodiesel) representou 50% do consumo energético global de origem sustentável no ano passado, sendo quatro vezes mais que as fontes solar fotovoltaica e eólica combinadas. Em projeção feita pela Agência, a bioenergia deve permanecer como a principal fonte de energia renovável em 2023