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Embrapa descobre tesouro biotecnológico para o agro na Amazônia

O estudo da biodiversidade amazônica e identificação de novas espécies de microrganismos, a pesquisa está permitindo a capacitação e maior domínio no uso de tecnologias de ponta na biologia molecular

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Cientistas da Embrapa, em Manaus (AM), estão realizando pesquisas com microrganismos coletados de sedimentos de rios amazônicos e identificaram bactérias e fungos com potencial biotecnológico.

Esses pequenos seres podem gerar valiosas moléculas para uso médico e agrícola ou para aplicação em processos industriais, segundo explica o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental Gilvan Ferreira da Silva, que coordena o trabalho.

Ele destaca que esse é o primeiro estudo em larga escala utilizando microrganismos cultiváveis e não cultiváveis presentes nos sedimentos da Bacia Amazônica. Eles percorreram quase 7 mil km de rios para fazer o levantamento.

Além de contribuir para o estudo da biodiversidade amazônica e identificação de novas espécies de microrganismos, a pesquisa está permitindo a capacitação e maior domínio no uso de tecnologias de ponta na biologia molecular e também o avanço para resultados com aplicação prática para diversos segmentos industriais.

Alguns têm atividade antimicrobiana contra fitopatógenos de interesse agrícola.

O controle de doenças em culturas agrícolas, por exemplo, é capaz de melhorar a produção e renda de pequenos e grandes agricultores e também reduzir o uso de defensivos químicos.

Foram encontrados ainda microrganismos que agem na solubilização de fosfatos, ou seja, permitem a disponibilização do fósforo, que se encontra normalmente em sua forma insolúvel nos solos. Essas atividades são importantes para disponibilizar nutrientes para as plantas.