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Na COP26, Pacheco defende integração contra desmatamento

O presidente do Senado avaliou a matriz energética brasileira como uma das mais limpas do mundo e comentou que o fato precisa ser reconhecido

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Rodrigo Pacheco nesta terça-feira na COP26

A união entre o Congresso Nacional, o Poder Executivo e a sociedade civil organizada na proteção ao meio ambiente foi defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, nesta terça-feira (9). Ele participou do evento “O futuro verde está no Brasil”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Glasgow, na Escócia, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26).

Num discurso otimista, Pacheco disse que o Brasil tem pontos positivos para comemorar, a exemplo da aprovação de matérias pelo Congresso Nacional como o Marco Legal do Saneamento Básico e o projeto de lei que antecipa para 2025 a meta de redução da emissão de gases de efeito estufa pelo Brasil em 43%, tendo como referência o ano de 2005.

De autoria da senadora Kátia Abreu (PP-TO), o texto foi votado pelo Senado em outubro e seguiu para a Câmara dos Deputados.

O presidente do Senado avaliou a matriz energética brasileira como uma das mais limpas do mundo e comentou que o fato precisa ser reconhecido, “por termos 66,3% das matas nativas em estado natural”. Ao apontar o amadurecimento dos brasileiros no assunto, Pacheco destacou que há uma compreensão da sociedade, inclusive crianças e jovens, em relação a clima e meio ambiente, o que é “também é digno de nota e motivo de comemoração”.

“Há um amadurecimento da sociedade brasileira sobre o tema ambiental. E antes disso, havia uma conscientização da imprensa nessa toada de aliar interesses de desenvolvimento econômico ao cuidado com o meio ambiente. Isso tornou-se uma realidade inafastável: são temas que só podem andar para a frente, e não mais para trás”, avaliou Pacheco.

DESMATAMENTO ILEGAL

Pacheco disse ter ciência da responsabilidade das autoridades, especialmente em relação ao combate ao desmatamento ilegal. Ele afirmou ser necessário fazer mea culpa e reconhecer fragilidades do país no assunto, identificar erros e buscar objetivos comuns. Ao ponderar que a derrubada de florestas é “um problema grave que gera divergências próprias da democracia”, Pacheco voltou a defender o fortalecimento do diálogo.

“Para o cumprimento dos acordos e dos investimentos internacionais pactuados para o Brasil, é preciso vontade política, unidade, diálogo permanente, e não há dúvida: se tivermos essa consciência, programas, tecnologia, inovação, pesquisa e ciência nos darão todos os meios necessários para resolvermos os problemas do desmatamento de nossas florestas”, declarou.