
O setor de defensivos agrícolas no Brasil ainda não sentiu os impactos da pandemia da Covid-19.
As indústrias anteciparam as compras de matéria-prima, que vem principalmente da China e aceleraram o processo de produção para garantir o abastecimento de produtos para os agricultores.
No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Júlio Borges Garcia, o setor não está livre dos reflexos da crise e há uma preocupação para os próximos meses.
Com o dólar operando em alta histórica, distribuidores, cooperativas e grandes agricultores anteciparam as compras para evitar preços mais altos. A estimativa é que 50% das vendas já estão fechadas para a próxima safra.
Segundo Garcia, porém, os valores atuais da moeda americana ainda não foram repassados ao consumidor final. Cerca de 90% da matéria-prima dos produtos é importada, de modo que a conta da alta do dólar deve chegar em breve.