As temperaturas devem continuar abaixo da média na metade Sul do Brasil. A meteorologia prevê três novas ondas de frio para o mês de agosto. Embora não devam ser tão fortes quanto àquelas de julho, com geadas, o clima continua sendo a maior preocupação do produtor.
Um vídeo mostra um armazém abarrotado, com milhares de toneladas de milho espalhados ao redor do equipamento. As imagens são de São José de Xingu (MT), município próximo a Porto Alegre do Norte, no nordeste mato-grossense. Nós tivemos uma safra muito boa, mesmo diante de tantos problemas com o clima. Nosso silo não comportou tudo, então tivemos que botar no chão”, conta a proprietária rural Valquíria Abreu.
A massa de ar polar mais intensa e duradoura deste ano está com força total. De acordo com a Somar Meteorologia, mais de 45 cidades do sul do Brasil registraram neve, chuva congelante ou chuva congelada, as chamadas precipitações invernais pelos meteorologistas.
A massa de ar polar deve perder intensidade nos próximos dias, já que o seu ápice foi observado no fim de julho. Com isso, a tendência é de uma diminuição na intensidade da onda de frio, especialmente no Sudeste. De acordo com a previsão do tempo, as temperaturas seguem baixas nos três estados do Sul, especialmente nas regiões de serra onde há o risco para formação de geadas.
A previsão do tempo alerta que agosto deve começar com chuvas acima da média em regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Contudo, de acordo com a Somar Meteorologia, o volume ainda não será suficiente para reverter os impactos e prejuízos causados pela pior crise hídrica registrada nos últimos 91 anos.
“Devemos ter chuva abaixo da média no Sul do Brasil e acima da média em algumas áreas em Mato Grosso do Sul, Goiás e Matopiba”, prevê Desirée Brandt, do in Somar Meteorologia. Segundo a meteorologista, o mês de agosto é marcado por pouco volume de chuvas. No entanto, esses baixos volumes são suficientes para superar a média das precipitações, mas sem grandes acumulados. Em relação às temperaturas, Brandt antecipa que o mês deve ser marcado pela entrada de três novas frentes frias, embora mais amenas do que aquelas observadas no mês anterior.
