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Sindicato Rural: o bom caminho para vencer as barreiras do campo

Em Nova Europa, alunos tomam parte da capacitação que visa o fortalecimento dos seus laços profissionais com a produção agrícola.

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A fiscalização exercida por Marcelo Xavier Benedette junto ao grupo que atua de manhã

São duas turmas de alunos que estão se preparando para em breve enfrentar desafios do campo. Essa é a expectativa dos participantes do Programa de Aprendizagem Rural que implantado na Usina Santa Fé em setembro de 2019, se estenderá até o final de agosto de 2020. Em dois períodos: manhã e tarde, o curso realizado tem por objetivo qualificar trabalhadores que serão utilizados pela empresa parceira, no caso a usina, que requereu a capacitação técnica para mantê-los na cultura da cana-de-açúcar.

Participantes do programa na parte da manhã recebem orientações sobre meio ambiente

Segundo o coordenador regional do Senar em Araraquara, o engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas, os participantes são preparados por instrutores do Senar por 960 horas divididas em módulos.  No caso de Nova Europa, os alunos estão aprendendo atividades de preparo do solo, preparo de mudas e insumos, de plantio, de tratos culturais e de colheita, de operação e manutenção de máquinas, respeitando sempre a legislação viagente com ênfase nas questões de segurança do trabalho, de qualidade e produtividade e de respeito ao meio ambiente. Dada a proposta da Usina Santa Fé, esses profissionais atuarão em empresas do setor sucroenergético.

Marcelo Xavier Benedette, diretor do Sindicato Rural de Araraquara, realiza o trabalho de fiscalização, acompanhando o trabalho do instrutor e o desempenho dos alunos

O coordenador enfatiza que a iniciativa visa promover a formação técnicoprofissional metódica de jovens para o mercado de trabalho, com atividades compatíveis ao desenvolvimento físico, moral e psicológico. “O curso prepara jovens para o mercado, com alto nível de conhecimento e condições de desenvolver excelente trabalho no setor escolhido. Acima de tudo, formamos jovens cidadãos, comprometidos com a comunidade rural, contribuindo para o fortalecimento do campo”, salientou.

Preparação do solo para o início da cultura

Para garantir que o adolescente possa cumprir efetivamente os três pilares do processo de aprendizagem (escola, trabalho e formação profissional, dentro dos princípios da proteção e integração ao adolescente), a atividade diária foi limitada em quatro horas.

COMO ORGANIZAR

Indagado sobre a possibilidade de novas turmas serem preparadas, João Henrique explica que isso depende muito da demanda recebida pelas empresas empregadoras. Os interessados em participar do curso como aprendiz poderão entrar em contato com o Sindicato Rural para que sejam incluídos na lista de interessados, repassada às empresas empregadoras como sugestão, pois elas são responsáveis pelo recrutamento e seleção dos aprendizes, de acordo com os seguintes critérios: ter idade entre 14 anos completos e 24 anos incompletos até o final do curso (a idade máxima não se aplica à pessoa com deficiência); estar cursando o Ensino Fundamental ou Ensino Médio, já ter concluído o Ensino Médio ou ter concluído o Ensino Fundamental (somente caso não haja oferta de Ensino Médio na região) e ser, preferencialmente, filho(a) de trabalhador(a) ou produtor(a) rural de famílias de baixa renda.

Via de regra, conclui o coordenador, “as empresas empregadoras que desejam incluir aprendizes no curso de aprendizagem devem entrar em contato com o Sindicato Rural que busca viabilizar os recursos junto ao Senar para aplicação do programa”.