Nesta sexta-feira (18), o mercado da soja fechou com leves ganhos na Bolsa de Chicago. Os futuros da commodity encontraram suporte, principalmente, nas boas notícias que vieram da demanda, especialmente dos bons números das vendas semanais para exportação divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
As vendas de soja para exportação dos EUA na semana encerrada em 10 de outubro foram de 1,7 milhão de toneladas. A China foi a principal compradora da oleaginosa americana, respondendo por mais de 850 mil toneladas do total.
Embora o volume seja 24% menor do que o da semana anterior e 8% menor do que a média das útlimas quatro, o número ficou acima das expectativas do mercado, que variavam de 900 mil a 1,6 milhão de toneladas. Em toda a temporada, as vendas norte-americanas já totalizam 17.988,4 milhões de toneladas, ainda abaixo do mesmo período do ano comercial, anterior, de mais de 20,7 milhões de toneladas.
A estimativa do USDA para as vendas totais 2019/20 é de 48,31 milhões de toneladas.
Ainda assim, o mercado segue fragilizado pelas incertezas que a disputa comercial entre China e Estados Unidos ainda impõe. Como explicou o diretor da ARC Mercosul, “há uns bons meses a bolsa norte-americana está muito focada na política sem conseguir olhar adequadamente a seus fundamentos”.
São, portanto, os próximos detalhes das relações comerciais entre chineses e americanos que irão ajudar na direção das cotações da soja na CBOT. Assim, como explicou o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, os próximos 15 dias deverão ser de volatilidade para os preços na Bolsa de Chicago. Ainda assim, afirma que a referência do patamar acima dos US$ 9,00 por bushel está garantido até o final de 2019.