Como forma de garantir que o etanol seja produzido de forma saudável e sustentável, produtores desenvolveram métodos de produção de etanol orgânico, utilizando insumos especiais, adaptando a destilação e a fermentação de modo a evitar a inserção de produtos nocivos.
O etanol orgânico consegue poupar cerca de 30% da água utilizada em seu processo de produção, sendo vantajoso para o produtor e para o meio ambiente. Esse tipo de etanol pode ser utilizado para produção de cosméticos orgânicos como, perfumes, colônias e desodorantes 100% orgânicos. Também podem ser utilizados na indústria alimentícia na produção de vinagres, conservantes naturais e produção de bebidas, como a cerveja orgânica e destilados.
Diante de todas essas possibilidades, a produção de etanol orgânico é uma boa oportunidade de produção para as usinas, principalmente as que já possuem produção de açúcar orgânico. A Usina Goiasa, por exemplo, produz desde 2010 e por considerar um ótimo investimento aumentou sua produção em 2020. “O etanol orgânico é um produto de alto valor agregado e por isso traz um excelente retorno financeiro”, afirma o gestor de produção de etanol, Giovanni Carlo Rabesco.
O profissional, que é especialista nos processos de produção do etanol traz detalhes sobre a produção, apresentando desafios como, contaminação bacteriana, leveduras nativas, floculação e os gargalos na disponibilidade de insumos orgânicos. Além disso, comenta sobre as oportunidades encontradas no processo, incluindo ferramentas que promovem a estabilidade do processo fermentativo.
Tudo isso, durante o 9º SINATUB Processos, Fermentação e Produção de Etanol – 2ª Sessão, que acontece nesta quarta-feira (14), às 19h. O painel online terá as presenças de:
- Daniel Fernandes, engenheiro químico da Soteica
• Giovanni Rabesco, gestor de produção de etanol e projetos da Goiasa
Participação Especial de Jaime Finguerut, diretor do ITC – Instituto de Tecnologia Canavieira