A postagem de uma mensagem do vereador do Patriota, Marcos Garrido, em sua página nas redes sociais neste final de semana, viralisou ainda mais a partir do instante que o RCIA deu luz a publicação. Logo as manifestações foram inúmeras, concordando com o parlamentar que enfatiza a necessidade do político não aceitar imposições do partido, mas sim fazer prevalecer o que pensa sobre determinado assunto.
“Por que tenho que te ter partido?” pergunta Garrido. E continua, “não seria melhor ser uma pessoa independente, sem influência partidária, defendendo o que acho de bom para a cidade, o estado ou o País?” Dá-se a impressão então que Garrido está sendo forçado a fazer algo que – ele não quer fazer, para se rebelar dessa forma.
E sua posição é ainda mais clara quando explica: “Tenho dificuldade quando no meu celular vem aquele recado: O PARTIDO ORIENTA OS VEREADORES A VOTAR ASSIM OU ASSADO. Nossa horrível isso. Me sinto subestimado como político e como pessoa, pois me sinto usado para levantar campanha para alguém ganhar como prefeito, governador ou Presidente.”
Polêmico e crítico, não é a primeira vez que faz fortes declarações contra situações que envolvem supostamente o seu próprio partido, se rebelando contra ordenações, como é objetivo em seu texto – “SOU O QUE SOU sem mentiras para mim e para você. Não aceito e jamais vou aceitar essa orientação de ditadores. Vão a merda vocês que querem crescer mentindo, se promovendo rebaixando os outros com mentiras ou ideologias baratas com caráter político. Vão a merda mesmo. Desculpem o termo, mas é o que tenho para hoje.”
Exposto isso, creio que o parlamentar, sendo eleito por uma parte da população que é diversificada no seu prazer e gosto, ele tem convicção que seus votos foram dados ao candidato e jamais ao partido, neste caso insignificante na decisão do eleitor. O voto é um mérito pessoal. O partido político é uma hipocrisia, meio de vida e negociações para favorecimentos ou benefícios.
Garrido como ser humano é independente, tem uma formação respeitável e plena capacidade de discernir o que julga certo ou errado, avesso a receber ordens; e quando afirma – não aceito e jamais vou aceitar essa orientação de ditadores – significa que querem lhe impor algo que não aceita e que ele pode decidir de acordo com a sua consciência.
É evidente que querem fazer dele um boneco, torná-lo submisso aos caprichos da política bastarda e, em aceitando fazer o jogo sujo, ele como advogado estaria caminhando contra os princípios da Justiça. É elogiável a atitude dele em se rebelar, respeitando o voto daqueles que o elegeram e dar um não aos que desejam pregar uma falsa moralidade e apologia a safadeza.
O homem na acepção da palavra tem que olhar e preservar seus quesitos morais; não fazendo isso estará então deixando de contribuir na construção de um mundo melhor para a sociedade em que vive. E quer nos parecer que Garrido é suficientemente capaz de usar sua inteligência a serviço dos seus eleitores e não do partido político, cuja ideologia é mascarada por atos insanos.
*Ivan Roberto Peroni, jornalista e membro da ABI, Associação Brasileira de Imprensa
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