A crise do Coronavírus, colocou o mundo do futebol em alerta, para não dizer em polvorosa. Clubes sem receita, outros tentando reduzir salários, jogadores e comissões técnicas em férias, enquanto o torcedor aguarda o desfecho de tudo sem saber muito bem o que o espera!
Existe porém no mundinho do futebol, uma pergunta que a grande imprensa não fez até agora: e os Árbitros?
Aqui no Brasil, eles não são registrados. Só ganham quando são escalados e nada recebem como direito de imagem, quando por exemplo, uma publicidade aparece estampada em seu uniforme. Em sua maioria, não têm outra ocupação, pois o tempo não permite, com treinos físicos, reuniões e mesmo as viagens geralmente duas vezes por semana e em muitas ocasiões para fora do seu estado. Vínculo empregatício só em raras exceções. Na Espanha por exemplo eles recebem um salário fixo e mais uma participação por jogo, como juiz ou auxiliar. Um bom exemplo para ser seguido aqui no país mas pelo andar da carruagem, a CBF não está propensa a mudar as regras da remuneração; entende que a pequena ajuda que oferece aos considerados “árbitros de primeiro escalão”, é suficiente! E como nos elencos de jogadores, são exatamente os que ganham menos, que vivenciam situação mais aflitiva, com a parada forçada do momento atual.
Imprensa e torcida que criticam constantemente as más arbitragens, acompanham agora esse problema que afeta nosso futebol, mas está sendo encarado dessa maneira. Sem receber salário, como os “homens de preto” vão se virar, já que a Lei Pelé também não permite vínculo empregatício?
É óbvio que um contrato empregatício com a CBF e Federações, não iria corrigir todos os problemas, mas traria mais segurança, melhor tempo de preparação e evitaria muitos percalços que ainda persistem na arbitragem brasileira, principalmente nos centros menores e menos afortunados. Nos parece o momento apropriado para se refletir sobre essa atual política com relação aos árbitros. Com a palavra os nobres dirigentes!
*Adilson João Tellaroli – bola branca
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