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Selo de qualidade para produtos de origem animal

Por Ivan Roberto Peroni

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Num primeiro momento a gente imagina que o selo do SISBI não tem tanta importância para as empresas e o público consumidor. Primeiro, temos que entender o que é o SISBI, na prática, a adesão ao Sisbi-POA significa que as empresas de Araraquara que trabalham com produtos de origem animal e recebem o certificado poderão comercializar seus produtos em todo o território nacional.

E sua aplicação é como se fosse uma corrente, por exemplo, em maio o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Araraquara conquistou a adesão ao Sisbi-POA, que tem como objetivo padronizar os procedimentos de inspeção dos produtos de origem animal de forma a garantir a inocuidade dos alimentos (ausência de contaminantes biológicos, químicos ou físicos). A adesão se dá através da estruturação do serviço municipal em consonância ao serviço federal.

Feito isso e as empresas que trabalham com a produção de alimentos gerados pela origem animal são orientadas e fiscalizadas pelo serviço de inspeção municipal e se estiverem de fato cumprindo todas as exigências recebem o selo que atesta qualidade do produto como é o caso de uma empresa chamada Porkão Indústria e Comércio de Carnes e Embutidos de Araraquara que ganhou o direito de comercializar seus produtos em todo o país.

Araraquara é o 7º município paulista inserido no Sisbi-POA e o primeiro da região central (os outros seis são Rio Claro, Itu, Ibiúna, Fernandópolis, Joanópolis e Itapetininga).

O Sisbi é um sistema benéfico para os produtores de alimentos, pois antes de sua implantação havia limitações que impediam que produtos produzidos em um estado brasileiro fossem comercializados em outro.

Para obter o selo, os estabelecimentos passam por uma série de auditorias, tanto documentais quanto in loco, com o objetivo de avaliar a capacidade dos estabelecimentos de garantir a inocuidade dos produtos. Isso engloba infraestrutura administrativa, inocuidade dos produtos de origem animal, qualidade dos produtos de origem animal, prevenção e combate à fraude econômica, controle ambiental e combate à clandestinidade.

Clandestinidade. Era aí que queríamos chegar. Pois todo esse sistema, se de fato for cumprido à risca, vai impedir que – produtores matem aves, suínos, bovinos sem seguir critérios de higienização e limpeza e coloquem a carne no mercado sem qualquer rigor de fiscalização ou acabem fazendo a chamada linguiça caseira sem qualquer critério, bem como outros produtos vendidos de forma clandestina.

A gente sabe de histórias do arco da velha, primeiro do roubo e do abate de suínos e bovinos ainda no meio do mato e depois da clandestinidade da venda do produto e o que a gente diz aqui não é nenhum segredo. Também não queremos ensinar o padre nosso para o vigário, daí temos que enaltecer o papel desse sistema que agora criado poderá impedir a matança clandestina, deixando a população consumir produtos de qualidade.

*Ivan Roberto Peroni, jornalista e membro  da ABI, Associação Brasileira de Imprensa

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR