Tarcísio Gomes de Freitas, o novo governador paulista, em uma de suas duas entrevistas concedidas logo após a confirmação de sua vitória com 55,34% dos votos, deixou sinais claros de que um novo tempo está chegando ao nosso Estado. São Paulo, finalmente, elege um técnico depois de uma longa hegemonia política tucana.
Na verdade, os políticos do PSDB já apresentavam uma espécie de “fadiga de material”, fato bastante notado pelo povo, que preferiu não reconduzir um dos seus representantes para mais um mandato, não o levando sequer ao segundo turno.
O fato é que as entrevistas concedidas por Tarcísio – a primeira, uma coletiva logo após a vitória; e a segunda, no dia seguinte, à Rede Globo – mostraram o novo governador muito à vontade e transformando os encontros em verdadeiras aulas de oratória e otimismo. Todo o setor político ressaltou essa característica do governador do mais poderoso Estado da Federação.
Tarcisio demonstra que pode ter aprendido muito com seu coordenador de campanha, Guilherme Afif Domingos, extraordinário homem público que domina como poucos a arte de discursar, virtude difundida à humanidade pelos gregos, que se dedicavam com afinco ao aprendizado da oratória.
Se foi isso realmente, ele se mostrou bom aluno nos quesitos: conquistar a torcida, conquistar a atenção e conquistar a docilidade. Para atingir o primeiro dos alvos, usou de seu comportamento simpático, amável, envolvente pela disposição que demonstra em tratar do tema de sua apresentação. Cativa os ouvintes quando os elogia de maneira sincera ou destaca a importância da plateia.
No tocante à conquista da atenção, ele usa uma das mais eficientes estratégias, que é a de mostrar de maneira clara quais os benefícios que os ouvintes terão ao ouvi-lo. Ele também é bom quando conta algo interessante que possua ligação com sua futura gestão em São Paulo.
Nas oportunidades que tive de estar próximo a ele, observei uma docilidade incomum entre políticos em plena campanha. Tarcísio mostra com sutileza a autoridade que possui para tratar de temas de governo, tocar nos pontos comuns que possui com o público e prometer brevidade.
Enfim, esse é, basicamente, meu ponto de vista sobre Tarcísio Gomes de Freitas, 47 anos, engenheiro civil e servidor público federal que revela boa capacidade para inaugurar um novo ciclo e, quiçá, possamos tirar da aposentadoria as placas de oferta de empregos. Tarcísio vem forte. Ele não fala muito, fala bem.
*Gil Zambon, é presidente do Diretório Municipal do Republicanos em Matão e nesta edição escreve para o RCIA ARARAQUARA.
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