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Transporte coletivo: salvar vidas sim, matar pessoas jamais.

Por Ivan Roberto Peroni

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A ocorrência registrada no final de semana na Avenida Portugal, centro de Araraquara, quando uma idosa descia pela escadinha do ônibus e seu objetivo era pisar em terra firme, nos leva a questionar se as portas dos veículos que fazem o transporte coletivo melhor seriam na parte traseira ou na frente, como antigamente.

Antes, a visibilidade dada ao motorista, observando o usuário sair, era muito maior; da mesma forma, a subida de passageiros oferecia maior segurança sendo ela feita pela porta traseira. Acompanhando as imagens do sistema de monitoramento se vê claramente que a mulher ainda está na escadinha, o ônibus sai, ela perde o equilibrio, é supostamente arrastada e se estatela no chão.

Este é um ponto a ser discutido quando se busca naturalmente dar ao passageiro segurança plena, contudo, se observa entre ontem e hoje que há uma acentuada diferença no comportamento e na qualidade dos profissionais que estão no volante. Uns mais, outros menos apressados. Temos que entender ainda o tempo necessário para um jovem descer e um idoso se locomover. Os segundos não são iguais, daí a cautela do motorista. Ela inexiste por conta do cumprimento de horários.

Nestes últimos anos, ambas as empresas Cruz e Paraty, não têm se preocupado tanto, quanto a antiga CTA com a perfomance dos seus motoristas, tão pouco com o estado de conservação dos seus veículos. A Prefeitura Municipal que, através do seu órgão competente, a Coordenadoria, deveria exercer uma rígida fiscalização tem seus olhos vendados, não faz, nem age. Há o instinto da camaradagem entre as amarras de que tudo está perfeitamente em ordem.

Felizmente, pelo menos por enquanto, a mulher está bem e vamos torcer para que se recupere, no entanto o estado traumático de um acidente deve ser analisado e levado em conta, pois como diz o prefeito – vida é importante, salvar vidas é importante, matar pessoas jamais.

*Ivan Roberto Peroni, jornalista e membro  da ABI, Associação Brasileira de Imprensa

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR