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Daae resgata veado-catingueiro queimado

Morador rural acionou a autarquia para que a ação salvasse o animal silvestre

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O animal tinha severas queimaduras na barriga, pernas, cabeça e provavelmente havia perdido a visão

Durante este período de estiagem, o Daae, incansavelmente, tem realizado a conscientização da população sobre a problemática das queimadas e o quanto isto reflete na diminuição da biodiversidade. Porém, infelizmente, no último dia 14 de maio, a Unidade de Gestão de Fauna foi acionada para uma ação conjunta com a Polícia Ambiental para resgatar um veado-catingueiro que um morador rural encontrou queimado. No local, a equipe da Unidade de Fauna, da Gerência de Biodiversidade, da Diretoria de Gestão Ambiental, constatou que o animal tinha severas queimaduras na barriga, pernas, cabeça e que provavelmente havia perdido a visão.

Conforme relatou o coordenador de Fauna, João Henrique Barbosa, tratava-se de uma fêmea, jovem adulta, da espécie Mazama gouazoubira, um cervo de pequeno porte, pesando aproximadamente 20kg, de orelhas arredondadas e pelagem marrom-acinzentada, espécie que tem hábitos diurnos e solitários, se alimenta de frutos, flores e folhas. “São animais tímidos e esquivos, uma vez que são presas constantes de onças, pumas, cachorros-do-mato e principalmente do homem, sendo ainda alvo da caça. Podem dar à luz duas vezes ao ano e seus filhotes nascem pintados e as manchas desaparecem quando jovens” explicou.

O animal foi levado ao Parque Ecológico de São Carlos, com qual o Daae tem uma parceria. A fêmea de cervo foi recepcionada e passa agora por tratamento pela equipe especializada do zoológico. “A nossa esperança é que ela possa ser salva e voltar para área de onde foi resgatada”, disse Barbosa.


Os funcionários da Diretoria de Gestão Ambiental entendem que esta trágica, mas verídica história, possa alertar sobre a seriedade dos impactos das queimadas. Estes atos são considerados crimes contra a vida e nem sempre os animais têm a chance de serem resgatados. “Desta vez, felizmente, o animal contou com a ajuda de um morador que acolheu o bichinho e acionou rapidamente os canais corretos. Mas, infelizmente, a maioria não tem a mesma sorte”, lamentou o coordenador.

“Fogo não limpa terreno, fogo não elimina pragas, o fogo mata os animais silvestres, mata as árvores, empobrece o solo, facilita as erosões, agride a saúde de todos e impede o desenvolvimento da vida. Promover a queimada é um ato irresponsável, inconsequente e cruel”, alertou Simone Cristina de Oliveira, gerente de Biodiversidade.

A Diretoria de Gestão Ambiental salienta a necessidade da população compartilhar estas informações com seus familiares, vizinhos, amigos, associações de moradores, redes sociais, entre outros e denunciar no 0800 770 1595 para que a fiscalização ambiental proceda à vistoria no local e aplique a lei municipal.

Para combate ao fogo ou análise do risco, acione o Corpo de Bombeiros através do telefone 193 ou a Defesa Civil Municipal no 153. Se algum animal silvestre estiver queimado ligue para o Corpo de Bombeiros ou também no 0800 do Daae.