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Fazenda de Emerson Fittipaldi vai a leilão. Lance mínimo de R$ 5,8 milhões

Proximidades do Rio Jacaré, divisa com Boa Esperança do Sul, o antigo piloto de F 1 e um dos nomes mais considerados do automobilismo mundial, perde definitivamente um dos seus bens imóveis para o pagamento de dívidas

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O ex-piloto de formula 1 Emerson Fittipaldi

A Fazenda Fitti, de propriedade do ex-piloto Emerson Fittipaldi, localizada no Morro do Cocurutu, com 242 hectares em Araraquara, será leiloada pelo Banco do Brasil nesta quinta-feira (19), onde o lance mínimo está estabelecido em R$ 5,8 milhões. O imóvel encontra-se ocupado por arrendatário, sendo que as providências e eventuais despesas para regularização e desocupação do imóvel correrão por conta de quem arrematar a fazenda. Em São Paulo, um alqueire equivale a 2,42 ha ou 24.200 m².

Fazenda localizada no Morro do Cocurutu

O leilão judicial se deve ao fato de existirem penhoras favoráveis ao Banco do Brasil, Banco De Lage Landen Brasil S/A, AMV Produções de Obras Audiovisuais, Banco Bradesco S/A, ações trabalhistas, ações de cobranças e ações de execução.

A orientação do Banco do Brasil é para que os interessados façam uma leitura minuciosa do edital. A participação pode ser presencial ou online pelo site www.lancenoleilao.com.br/bb/

DÍVIDAS COM BANCOS

Em novembro de 2017 um terreno desmembrado da Fazenda Palmeiras remanescente da Gleba Nossa Senhora Aparecida, contendo 161,26 alqueires paulistas foi arrematado em leilão judicial, por R$ 10,5 milhões, conforme cumprimento de decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo em ações movidas por bancos.

Parte da fazenda foi a leilão em 2017

Na época a Justiça determinou a penhora e arresto do terreno, localizado em Araraquara, como reserva de crédito para quitação da dívida do ex-piloto com seguintes as entidades financeiras: LAAD América, Santander e Bradesco. Após cálculos de peritos judiciais, a juíza Ana Cláudia Kock estabeleceu em outubro que o imóvel rural de Araraquara, que fica no km 95 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, fosse a leilão por R$ 12,2 milhões. A área com 410 hectares (161 alqueires paulistas) pertencia a Emerson e Wilson Fittipaldi. O terreno leiloado não tinha edificações e estava preparado para o cultivo de cana-de-açúcar.

Os empréstimos de bancos foram concedidos a Fittipaldi para investimentos em projetos agrícolas. O modelo de financiamento seguia o mesmo padrão. O ex-piloto da Fórmula 1 teria de quitar os empréstimos em diversas parcelas, acrescidos de juros pré-estabelecidos. As entidades bancárias que acionaram a Justiça acusaram Fittipaldi de não pagar o valor devido. Na ação, a LAAD América afirma ter emprestado, em 2009, US$ 2 milhões (equivalente a R$ 6,4 na cotação atual) a Fittipaldi. O Tribunal paulista informou dentro do processo que a dívida com a LAAD era de R$ 5,3 milhões em 2014. Com juros, o valor foi para R$ 8 milhões. Com o Banco Bradesco, a dívida é de R$ 1,3 milhão, mais correções. Com o Banco de Lage Landen Brasil, a dívida é de R$ 209 mil.