Home Cidade

Vereador critica terceirização da cozinha da Santa Casa e a dispensa dos funcionários do setor

Para o vereador Lineu Carlos de Assis esses funcionários que poderão ser dispensados são os mesmos que - suportaram as inúmeras crises financeiras da Santa Casa, ao longo de 20 anos, e tiveram, muitas vezes, seus salários atrasados e dificuldades com recursos de trabalho, e agora estão expostos ao risco de engrossarem a fila do desemprego em nossa cidade.

4
Lineu Carlos de Assis, vereador do Podemos, em defesa dos trabalhadores da cozinha do hospital

A terceirização dos serviços da cozinha da Santa Casa de Araraquara e a dispensa de 31 funcionários do setor, anunciadas em nota pelo Sinsaúde Araraquara, levaram o vereador Lineu Carlos de Assis, do Partido Novo, a sair em defesa dos trabalhadores atingidos pela direção do hospital, nesta terça-feira (30), durante a sessão da Câmara Municipal. O fato ocorreu durante o Pequeno Expediente.

Horas depois a Santa Casa, de fato confirmava a terceirização, porém assumia o compromisso em dizer que haverá a absorção de funcionários pelo eventual vencedor do chamamento, respeitando – segundo a nota – o valoroso quadro de trabalhadores, que perfaz quase 1.000 (um mil) colaboradores, considerados fundamentais para o seu compromisso centenário de oferecer o melhor da saúde para os araraquarenses e todo o centro do Estado de São Paulo.

Defendendo os servidores do hospital, Lineu argumentou que temerosos com a medida, eles são os mesmos funcionários, que prestaram serviço durante as inúmeras crises financeiras da Santa Casa, ao longo de 20 anos, e tiveram, muitas vezes, seus salários atrasados e dificuldades com recursos de trabalho, e agora estão expostos ao risco de engrossarem a fila do desemprego em nossa cidade.

“Além da demissão em massa, os pacientes que hoje contam com uma alimentação preparada diariamente, passarão a comer comida ultracongelada, enviada quinzenalmente”, afirmou o parlamentar, indignado com a postura da Santa Casa que na sua opinião está ferindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) assinado com o Sinsaúde no ano passado e válido até maio de 2025, que proíbe a terceirização de tarefas dentro do hospital.

Vale lembrar que os Acordos coletivos de Trabalho estão respaldados e amparados legalmente como “Ato Jurídico Perfeito”, expressos na Carta Magna e devem ser acatados e cumpridos. “Se houver descumprimento por uma das partes a justiça em todas as Instâncias julgará como um Direito líquido e certo contra aquele que o quebrou, caracterizando uma irresponsabilidade administrativa”, finalizou o vereador.

Já a Mesa Diretora da Santa Casa diz que “lamenta qualquer transtorno causado aos funcionários envolvidos com a cozinha do hospital. No entanto, nosso compromisso primordial é com a saúde e o bem-estar dos pacientes que confiam na Santa Casa para o seu cuidado. Estamos seguros de que esta medida, embora difícil, é um passo necessário para melhorar a qualidade da alimentação servida em nosso hospital”.