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Morre o engenheiro “Fiico Corrêa Borges”, tecladista dos Atômicos

O engenheiro Antônio Roberto Corrêa Borges, era também considerado músico dos mais talentosos

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Antônio Roberto Borges Corrêa, o "Fiico"

Membro de uma das mais tradicionais famílias de Araraquara, Antônio Roberto Corrêa Borges, o “Fiico”, faleceu neste sábado (30) em Araraquara; “Fiico”, assim que era conhecido, já vinha tendo problemas de saúde nos últimos meses; embora recebendo todos os cuidados, com procedimentos e tratamentos não conseguiu vencer a doença.

Além de engenheiro civil, “Fiico” era músico e dos bons, diz o amigo Anibal Romano, que recentemente contou para o RCIA a história dos Atômicos, grupo musical dos anos 60 e do qual o tecladista fazia parte. “Fiico” foi praticamente o último a fazer parte da banda.

Naquela época, conta Anibal, o mundo parecia sorrir para os meninos atômicos em brincadeiras dançantes e domingueiras, além de bailes, festas de aniversários, quermesses, festivais de música e centros acadêmicos. “Eu lembro que inicialmente o nosso grupo era instrumental, só que queríamos mais e passamos a procurar o cantor e o tecladista”, diz Anibal.

Nesta perigrinação na busca de melhorar a qualidade e o repertório, é que surgiu o Toninho Lavítola. Ele apareceu nos ensaios e apresentou o José Ronaldo Nakamoto (Nado), para um teste. “Ele foi aprovado e começamos a ensaiar”, comenta Anibal.

Mas ainda faltava o tecladista e para a euforia de todos, o Antônio Roberto Corrêa Borges (Fiico) aceitou o convite que lhe fora feito, um dia antes. Os Atômicos que eram cinco na sua formação inicial, agora se transformavam em sete amigos, definitivamente.

“Lembro-me, com saudade, das domingueiras no Salão de Festas do Asilo de Mendicidade, Clube 22 de Agosto, Clube 27 de Outubro, Palmeiras da Vila, Nipo Brasileira na Avenida José Bonifácio, Salão da Usina Tamoio, Country Club ainda em formação e APCD”, afirma Aníbal.

Era este o mundo de “Fiico” nos anos 60, estudando e fazendo parte da banda; anos depois, “Fiico” decidiu seguir uma carreira solo tocando apenas em eventos, até parar definitivamente, seguindo em frente apenas com a atividade de engenheiro.

Irmão de Américo Corrêa Borges, José Cláudio, Sônia Maria (foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara) , Maria Cândida e Júlio Antônio, “Fiico” deixa para nós um caminho de saudades. Seus pais – Iracema e Júlio Teixeira Borges.

Seu corpo está sendo velado no Velório Almeida e o sepultamento acontecerá às 13h, no Cemitério São Bento.