Tradicionalmente, essa grandiosa Feira se realiza em nossa cidade e que, em seus primórdios e no seu âmago, tem a finalidade de agregar e festejar a tão tradicional Paróquia de Nossa Senhora do Carmo. Infelizmente, hoje se tornou um evento de negócios espúrios e incompatíveis com a iniciativa privada. Uma Feira onde se vende de tudo: confecções, calçados, produtos eletrônicos, etc.; em uma concorrência direta com os empresários estabelecidos de nossa cidade.
Empresários estes que tem toda uma ordem de regras e leis a serem cumpridas, onde se nota claramente que não incidem nesse evento. Isso traz ao consumidor uma “suposta” economia, pois os preços baixos, produtos de qualidade e origem duvidosas, colocam em campo uma competição injusta e predadora. Aí está o resultado de preços baixos e ofertas tentadoras! Gostaria que nossos empresários tivessem as mesmas condições de trabalho como na Feira!
Nunca vi ninguém nesse evento oferecer ou emitir sequer uma nota fiscal e os trabalhadores cumprirem horários e regras de trabalho tão bem garantidas através de nossa CLT e das Convenções Coletivas de Trabalho. Daí a pergunta que não quer calar. Onde estão os órgãos de controle? O Corpo de Bombeiros, a Vigilância Sanitária, os Fiscais da Receita Estadual, INMETRO, PROCON e, por fim, os Fiscais da Postura de nossa Prefeitura Municipal?
Quem está legalmente estabelecido diariamente fica à mercê desses órgãos. Será que lá isso será assim? Digo que NÃO!
Ao longo de meus 40 anos de empresário nunca vi isso acontecer. Em um momento difícil de nossa economia, um evento que vem falsamente agradar a consumidores, mas que nada agrega à nossa cidade. Uma luta inglória de muitos anos!!! Mas também vai aqui uma observação: se todas as regras impostas aos empresários em geral nessa Feira estão contempladas… aí sim, será um evento de respeito.
Antonio Deliza Neto
PRESIDENTE SINCOMERCIO ARARAQUARA