De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região, a Prefeitura de Araraquara vai colocar, a partir de segunda-feira (1), funcionários sem treinamento para proceder a limpeza das Postos de Saúde e PSFs, em plena pandemia de Covid-19, doença altamente contagiosa provocada pelo novo coronavírus.
Ainda segundo o Sismar, a justificativa alegada informalmente pela Secretária Municipal de Saúde, Eliana Honain, seria a falta de dinheiro da Prefeitura para manter o contrato com a empresa terceirizada Soluções, que até então era responsável pela limpeza das unidades. A alternativa escolhida pela Prefeitura foi transferir o trabalho para os chamados apoiadores, funcionários não concursados, com contratos temporários e sem qualquer treinamento em limpeza de unidades de saúde.
“Os servidores que trabalham nestas unidades estão obviamente apreensivos, pois vivemos a pior pandemia do século, de uma doença nova, ainda sem cura e sem vacina e altamente contagiosa. Neste cenário, a limpeza correta das unidades de saúde é prioridade absoluta para proteger a vida, tanto os próprios funcionários e servidores, quanto toda a população”, diz a entidade.
E segue: “O caso se torna ainda mais grave, pois a decisão de trocar o pessoal da limpeza vem justamente no momento em que a Prefeitura fala em flexibilizar as regras de distanciamento social, o que leva necessariamente à maior circulação do vírus pela cidade”.
O SISMAR assegura que vê com muita preocupação esta decisão e vai tomar as providências para que a vida e a segurança dos servidores e demais trabalhadores estejam devidamente protegidas. No meio desta pandemia, com o país ultrapassando a marca de 25 mil mortes em quatro meses, não é possível para os servidores das unidades de saúde trabalharem em um ambiente que todos sabem que não foi limpo corretamente.
O Conselho Municipal de Saúde solicitou da Secretária de Saúde Eliana Honain, que os agentes operacionais da empresa Soluções continuem prestando serviço nas Unidades de Saúde. Caso não seja possível, sugeriram que os mesmos continuem nas Unidades até o treinamento adequado dos apoiadores, respeitando as normas de biossegurança e indicações da ANVISA, que para o Sismar seria um caminho viável.