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Prefeitura e Sismar não entram em consenso sobre a volta presencial das aulas

Escolas recebem alunos de forma parcial e opcional, mas greve continua; de 5 a 14 de abril, foram registrados 91 casos de covid-19 em crianças de até 9 anos

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Edinho não abre mão do retorno presencial das aulas

Em reunião virtual com o sindicato dos servidores municipais, realizada na tarde de terça-feira (13), o prefeito Edinho Silva foi irredutível na questão do retorno presencial das aulas na rede municipal de Educação. O chefe do Executivo insistiu na questão das famílias em situação de vulnerabilidade para justificar o retorno presencial e ressaltou que a volta às aulas na escola ocorre de forma parcial e opcional.

O professor Ricardo Martins, que aderiu à greve dos servidores municipais da Educação e participou da reunião com o prefeito, disse que não houve negociação, pois Edinho manteve sua postura inicial, quando decidiu pelo retorno das atividades presenciais nas escolas. A categoria segue em greve, com adesão de aproximadamente 15% dos servidores.

Martins mostrou dados de outros países, como a Inglaterra, onde 26% das contaminações ocorreram nas escolas. Destacou também iniciativas de nações como Alemanha, EUA, Chile e Argentina, que priorizaram a vacinação dos profissionais da educação antes de viabilizar a volta às aulas.

De acordo com o Sismar, com dados do Município, de 5 a 14 de abril foram registrados 91 casos de covid-19 em crianças de até 9 anos. “Sou pai de aluno, trabalho na rede municipal de Educação e não quero expor meus filhos, minha família, ao risco morte e nem correr esse risco”, enfatizou o professor, salientando ainda que o prefeito é avesso ao diálogo, seja com os servidores, oposição na Câmara, comerciantes ou outros setores da sociedade. “Ele  diz que é a favor da democracia, mas tem extrema dificuldade em conversar”, conclui.

As aulas presenciais da rede municipal de educação foram retomadas na segunda-feira (12), de forma gradual e com retorno não obrigatório dos alunos, atendendo somente os grupos prioritários na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Em decorrência da pandemia de covid-19 e do decreto municipal de calamidade pública, as aulas presenciais nas escolas municipais foram suspensas em março de 2020.