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Programas de segurança alimentar em Araraquara ganham projeção internacional

Políticas públicas foram apresentadas no 8º Fórum Global do Pacto de Milão sobre Política Alimentar Urbana, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (17)

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A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Jacqueline Barbosa, e a coordenadora de Segurança Alimentar, Silvani Silva, fizeram uma apresentação das ações que integram a estratégia “Araraquara Sem Fome”
As políticas públicas de segurança alimentar adotadas por Araraquara ganharam projeção internacional e foram apresentadas nesta segunda-feira (17) no 8º Fórum Global do Pacto de Milão sobre Política Alimentar Urbana, realizado no Rio de Janeiro. O evento tem programação até quarta (19).

 

A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Jacqueline Barbosa, e a coordenadora de Segurança Alimentar, Silvani Silva, fizeram uma apresentação das ações que integram a estratégia “Araraquara Sem Fome”, composta pela união de diversos programas municipais de proteção social, combate à fome, desenvolvimento sustentável e geração de trabalho e renda.

Representantes de todo o Brasil e de outros países estão participando do evento, que possui o tema “Comida para nutrir a Justiça Climática: soluções alimentares urbanas para um mundo mais justo”.

“Poder socializar os nossos programas em um fórum internacional, e tendo reconhecimento de forma global como uma iniciativa importante a ser socializada com a América do Sul, é muito significativo para que a gente possa, de forma efetiva, pensar a questão da alimentação e do desenvolvimento sustentável de forma integrada”, afirma a secretária Jacqueline Barbosa.

Araraquara já participou da abertura do evento em duas oportunidades. Na primeira houve a apresentação dos programas municipais desenvolvidos no município, como Bolsa Cidadania, Hortas Urbanas Comunitárias, PMAIS e fomento ao cooperativismo. Na segunda, Jacqueline integrou uma roda de conversa com participação de outros países da América do Sul debateu o tema “Necessidades e desafios para os sistemas alimentares urbanos com a inclusão social e a justiça climática”.

Na continuação da programação, até quarta, Araraquara ainda participará da roda de conversa “O rumo a uma governança alimentar urbana sustentável no Brasil”, a convite da associação Governos Locais pela Sustentabilidade e do Instituto Comida do Amanhã.

Políticas públicas

O “Araraquara Sem Fome” é uma ação intersetorial que integra quatro módulos: Segurança Alimentar e Nutricional, Agricultura Local e Sustentável, Economia Criativa e Solidária, além da Rede de Solidariedade.

Dentro das políticas de segurança alimentar estão o Banco Municipal de Alimentos, a Padaria Solidária, os Restaurantes Populares, a Unisoja e a distribuição de cestas básicas e cestas de hortifrútis.

Os programas de Agricultura Local Sustentável incluem o PMAIS (Programa Municipal de Agricultura de Interesse Social), análise de solo, Patrulha Agrícola, Hortas Urbanas Comunitárias, feiras livres, feiras dos produtores, o Serviço de Inspeção Municipal, quintais sustentáveis e o processo de compostagem (reciclagem do lixo orgânico).

Integram as ações da Assistência Social e da Economia Criativa e Solidária os programas Bolsa Cidadania, PIIS (Programa de Incentivo à Inclusão Social) – Frentes da Cidadania, Jovem Cidadão, Filhos do Sol, Territórios em Rede, Apoiadores no Combate à Dengue, Apoiadores no Combate à Covid, Novos Caminhos e o fomento às cooperativas.

Também foi apresentada no evento a experiência da Rede de Solidariedade, criada durante a pandemia para garantir alimentação às famílias com vulnerabilidade agravada pela crise econômica e sanitária. A ação reúne a Assistência Social, a Segurança Alimentar, o Fundo Social de Solidariedade, outras secretarias da Prefeitura e a colaboração da sociedade.

Pacto de Milão

De acordo com o site oficial do evento, o Pacto de Milão para a Política Alimentar Urbana foi inicialmente concebido durante a Cúpula do C40 em Joanesburgo (África do Sul), em 2014, pelo então prefeito de Milão. O texto do documento foi redigido em colaboração com várias cidades e em consulta com a União Europeia (UE) e as Nações Unidas (ONU), especificamente através da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Para além destas instituições, o C40 (Major Cities Climate Leadership Group) foi consolidado como parceiro do pacto. O texto final foi apresentado em outubro de 2015, numa cerimônia oficial em Milão, e foi inicialmente assinado por 100 cidades.

Em 2021, a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sediar o 8º Fórum Global do Pacto de Milão sobre Política Alimentar Urbana. A proposta do evento é colocar os sistemas alimentares no centro da agenda de meio ambiente.