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“Racismo não é mimimi” reforça campanha da prefeitura

Ação será realizada nas redes sociais entre os dias 15 e 22 de março e marca o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

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De segunda (15) a sábado (20), as redes sociais da Prefeitura trarão cards com números que evidenciam o racismo na sociedade brasileira

A Prefeitura de Araraquara promove, ao longo da próxima semana, uma campanha de enfrentamento à discriminação racial intitulada “Racismo não é mimimi”. A ação será veiculada nas redes sociais e apresenta cards informativos, vídeo e live para marcar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, lembrado em 21 de março.

De segunda (15) a sábado (20), as redes sociais da Prefeitura trarão cards com números que evidenciam o racismo na sociedade brasileira. No domingo (21), Dia de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, será veiculado um vídeo sobre o tema. No dia 22, fechando a ação especial, uma live será transmitida a partir das 19h.

“A ideia da campanha surgiu pelo incômodo em ver a tranquilidade com que certos grupos têm em se sentirem à vontade para rotular de ‘mimimi’ os diversos tipos de discriminações raciais, sejam advindas de argumentos pejorativos que ofendem a dignidade da pessoa negra ou pelo racismo explícito quando atinge a coletividade”, explica a coordenadora municipal de Políticas Étnico-Raciais, Alessandra Laurindo.

De acordo com ela, a campanha visa estimular a denúncia e também sensibilizar aliados para que toda a sociedade possa combater as práticas ofensivas. “Pois enquanto houver racismo não há democracia”, pontua.

Alessandra ressalta, ainda, que negros e negras compõem 56,8% da população brasileira, porém ainda são minoria nas posições de liderança no mercado de trabalho e entre os representantes políticos no Legislativo. “Ainda estamos invisibilizados. Ressalto ainda o desemprego alarmante entre a população negra, que já existia antes e foi acentuado durante a pandemia. Também somos os maiores vitimizados em homicídios, entre outras disparidades. E contra fatos não há mimimi”, reforça.

A coordenadora de Políticas Étnico-Raciais destaca a importância da conscientização. “O caminho a seguir não é o de minimizar as lutas conquistadas, e muito menos menosprezar as dores sofridas nos apontando como afro ‘mimizentos’, e sim se aliar nesta construção para que sigamos rumo à tão sonhada equidade racial. Diante disso, não podemos tolerar acusações vãs, e sim reforçamos a importância de denunciar toda forma de preconceito e racismo”, diz.

LIVE

Na live do dia 22 serão debatidos temas que despertam a reflexão e a mudança de atitudes cotidianas, contribuindo para a desconstrução do racismo estrutural.

Além de Alessandra e do prefeito Edinho, o encontro contará com a participação de representantes do serviço SOS Racismo da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), da Coordenação Estadual de Políticas para População Negra e Indígena (CPPNI), do Conselho Municipal de Combate à Discriminação e ao Racismo (Comcedir) e das assessorias municipais de políticas para a Juventude e LGBTQIA+.

A live também marcará a assinatura de uma parceria entre o Município e o SOS Racismo da Alesp para que o acolhimento das denúncias recebidas tenha maior celeridade. “E aqui ressalto o importante apoio já estabelecido com a Defensoria Pública de Araraquara e a Comissão da Igualdade Racial da OAB Araraquara”, diz Alessandra.

O encontro contará, ainda, com o lançamento da proposta “(R)Evolução Negra – Uma jornada inclusiva”, que trará encontros virtuais, gratuitos, com o objetivo de preparar a comunidade negra para o mercado de trabalho. A jornada deve acontecer em maio por meio de parceria com a CPPNI.