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17º Território da Arte de Araraquara recebe 85 inscrições

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O Território da Arte de Araraquara, evento de Artes Visuais realizado anualmente pela Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, esse ano terá o formato digital devido à pandemia da Covid-19. A organização do evento informa que 85 obras foram inscritas e que o resultado da seleção será divulgado no dia 30 de julho, no site da Prefeitura de Araraquara.

“Em um momento tão difícil, como este que vivemos, o Território da Arte de Araraquara tem demonstrado a sua capacidade de suplantar a realidade, reinventando-se sem renunciar à pluralidade e à reflexão”, comentou a secretária municipal da Cultura, Teresa Telarolli.

Todos os trabalhos selecionados participarão de uma exposição virtual, sendo 10 obras premiadas (R$ 800,00). O júri técnico especialmente convidado para a edição digital é formado pelo galerista espanhol Carlos Jimenez e pelo educador do MAC (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) Evandro Nicolau.

Também compõem a comissão de jurados: Carolina Guimarães, representando a Secretaria Municipal da Cultura, e Rita Michelutti, curadora do evento e representante do Conselho Municipal da Cultura.

As obras inscritas são imagens de trabalhos finalizados, sejam eles bidimensionais e/ou tridimensionais, figurativos ou abstratos, em qualquer técnica, linguagem ou expressão das Artes Visuais, como: pintura, escultura, desenho, gravura, serigrafia, colagem, assemblagem, readymade, grafitte, fotografia, videoarte e suas derivações.

Essa 17ª edição do Território da Arte de Araraquara apresenta como tema: “Geografia do fazer e do sentir. Nosso lugar. Morada: ética, estética e estesia”, tendo como homenageada Lucinda Bento, artista que faleceu o ano passado. A previsão é que a exposição seja realizada no próximo mês, em agosto.

Júri convidado – Carlos Jiménez Vázquez – de origem espanhola e residente em São Paulo desde 2013 – é formado em História da Arte e Musicologia nas Universidades de Salamanca, Siena e Heidelberg, e especializou-se em Gestão Cultural.

No Brasil cursou especialização em Gestão e Políticas Culturais e é proprietário da galeria on-line Godê. Também aqui no país, colaborou com a Revista Das Artes e ministrou cursos de História da Arte na Pinacoteca de São Bernardo do Campo. No Instituto Cervantes de São Paulo foi um dos curadores da exposição Las caras de Cervantes, em 2017. Atualmente organiza exposições e gerencia a Galeria Godê.

Vale destacar que Vásquez trabalhou na Galeria Álvaro Alcázar, de Madri, e no Museu Haus der Kunst, em Munique na Alemanha. Na América Central desenvolveu o cargo de gestor cultural nos centros culturais da Espanha na Guatemala e Costa Rica e organizou diferentes exposições relacionadas com a cooperação espanhola.

Já o artista, historiador da arte, curador e professor Evandro Nicolau, desenvolve um trabalho transdisciplinar, que tem uma base de criação no desenho, que se desdobra em outras linguagens e explorações de suportes, como a palavra, a música, a fotografia e o audiovisual multimídia.

Educador no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e também professor universitário no Bacharelado Interdisciplinar em Ciências do Trabalho na Escola DIEESE, Nicolau tem em sua formação: Doutorado e Mestrado pelo Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estética e História da Arte da USP, com estágio acadêmico na Edinburgh University Art Space + Nature, na Escócia. Ainda: graduação em Licenciatura em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP.

Evandro Nicolau realizou exposições coletivas e individuais, com destaque para a Exposição Ócios do Ofício na CASA Galeria 2010, #D3s3NH0 na Galeria da Hebraica 2017 e também uma retrospectiva de trabalhos em uma sala especial no XVI Território da Arte de Araraquara.

Critérios

Evandro Nicolau e Carlos Jiménez Vázquez, para a seleção do Território da Arte, deverão avaliar os seguintes critérios: qualidade artística e poética, ineditismo da proposta e coerência conceitual, adequação ao tema proposto, originalidade, compatibilidade com as condições técnicas e espaciais disponíveis, o diálogo com a proposta conceitual da mostra e a participação do escopo das artes visuais em sua amplitude conceitual.