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“Eu quero realizar o maior sonho do meu pai”, diz filha de Ricardo Simões

Laura Simões pede apoio da iniciativa privada para digitalizar acervo de imagens do Arquivo R. Simões

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Laura ao lado do pai, Ricardo Simões

Ricardo Simões foi o araraquarense que produziu o maior acervo audiovisual de Araraquara em toda a sua história, sobretudo imagens com conteúdo esportivo e cultural capturadas em mais de meio século. Nos últimos anos, ele tentava uma parceria com a Prefeitura para disponibilizar todo seu acervo para acesso público.

Uma parte desse gigantesco material, de inestimável valor histórico, guardado em mídias como CDs e fitas de videocassete, já foi exibida em um programa de TV criado por ele, o Arquivo R. Simões, apresentado por sua filha, Laura Simões, e atualmente estava sendo exibida nas redes sociais.

Grande parte das imagens está armazenada em fitas de videocassete

Ricardo Simões faleceu no último dia 17 de janeiro, aos 74 anos, sem conseguir realizar esse sonho de digitalizar todo seu acervo para acesso da população. Mas sua filha Laura quer que o legado de seu pai seja perpetuado. De malas prontas para morar nos Estados Unidos da América com sua família, ela deseja, antes de partir, ver todo o Arquivo R. Simões digitalizado.

“Sei que é o desejo da grande maioria da população de Araraquara. Quero ajuda para digitalizar suas fitas de videocassete para poder disponibilizar para todos as incríveis histórias registradoras pelas suas lentes nessa cidade”, desabafa Laura.

Fitas de videocassete estão se deteriorando e precisam ser digitalizadas

Por meio das redes sociais, a filha de Simões pediu ajuda da iniciativa privada para conseguir seu objetivo. “Lupo, Nigro, Cutrale, Ferroviária, Uniara, etc. Todos vocês que nasceram, cresceram e prosperaram nessa terra. Vamos enxergar o quão valioso é para a nossa cidade resgatar e preservar isso!”, argumenta.

Ela conta que as fitas estão se deteriorando com o tempo e doar para o município não é uma opção, “pois sei que no futuro ficarão jogadas. Sei do total desrespeito que tiveram com ele. Meu pai ia decupar fita por fita, trabalhar em cada uma delas, contar o que era, que ano era. Ele era o único capaz de contar a história exata de cada take. E ainda tinha gente falando que ele queria ganhar dinheiro com isso. Como ele se sentia ofendido e injustiçado por isso”, completa a filha de Simões.

“Quero essas imagens disponíveis na internet, para todos! Isso é justo não só pela memória do meu pai e de tudo o que ele prestou para essa cidade, mas é justo para toda a população de Araraquara. Me ajudem!”, finaliza.