Após dois anos de reclusão por conta da pandemia de Covid-19, o renomado renomado diretor teatral araraquarense Zé Celso Martinez Corrêa (84) retorna aos palcos com o mais novo espetáculo do Teatro Oficina: “Esperando Godot”.
A montagem faz sua estreia no dia 05 de maio e os ingressos podem comprados com antecência neste link. A temporada de exibições deve se estender até o dia 26 de junho no espaço da trupe, localizado na Rua Jaceguai 520, Bixiga, em São Paulo.
A peça marca também o retorno deo ator global Alexandre Borges a um espetáculo da companhia depois de quase 30 anos. Ele viveu o Rei Cláudio na montagem de Ham-let, de William Shakespeare em 1993, espetáculo que reinaugurou o Teatro Oficina com o atual projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi e Edson Elito.
Na trama, Estragão (Marcelo Drummond) e Vladimir (Alexandre Borges) são dois palhaços vagabundos que se encontram no fim do mundo, na encruzilhada entre a paralisia e a tomada da ação. Enquanto esperam Godot, embora não saibam quem ou o que é, a dupla se encontra com as personagens que passam pela estrada: Pozzo – O Domador (Ricardo Bittencourt), Felizardo – A Fera (Roderick Himeros) e O Mensageiro (Tony Reis), que traz notícias inquietantes que podem determinar a perpetuação da inércia ou a libertação total da paralisia numa reviravolta absurda. Mas, afinal, até quando esperar Godot?
“A peça de Samuel Beckett, escrita pós Segunda Guerra Mundial, nasce para o mundo mais uma vez, como sempre surgiu, entre guerras, estremecendo nossas inércias e os abismos que nos circundam. “Esperando Godot” tem uma forte simbologia para a Companhia – foi o último espetáculo de Cacilda Becker (1969), força motriz de criação para as muitas gerações de artistas do Teatro Oficina”, comenta a cia.
Por Matheus Vieira