Home Destaques

Por ordem da Justiça ex-candidato a prefeito em Araraquara é libertado após audiência de custódia

Algumas manisfestações criticaram a prisão de dois militantes políticos em Araraquara nesta quinta-feira. O ex-candidato a prefeito pelo PCO, Tiago Pires e o contador Willian Rodrigo Stin, foram libertados logo após a audiência de custódia, pois não houve o pagamento de fiança por conta da acusação de causarem danos aos bens públicos durante colagem de material entendido como político.

42
Tiago Pires, colocado em liberdade após audiência de custódia feita ainda nesta quinta-feira

Horas depois da prisão de uma das suas lideranças, Tiago Pires, o PCO (Partido da Causa Operária) publicou em sua página nas redes sociais um pedido de “soltura imediata do companheiro Tiago Pires!”. Outras manifestações vieram em seguida, como dos vereadores Guilherme Bianco (PCdoB) e Fabi Virgílio (Partido dos Trabalhadores).

Pires, que foi candidato a prefeito em Araraquara nas últimas eleições e obteve 113 votos, estava em companhia do contador Willian Rodrigo Stin, de 35 anos; ambos participavam da colagem de cartazes que apresentavam frases contra a ocupação de Gaza com os dizeres “NÃO À OCUPAÇÃO DE GAZA – ABAIXO O GENOCÍDIO ISRAELENSE CONTRA OS PALESTINOS.

A colagem foi flagrada pelo Sistema de Monitoramento da Guarda que teve seus homens deslocados para a Avenida Feijó onde encontraram a dupla de militantes do PCO com seis cartazes, um galão com cola e uma vassoura sem cabo utilizada para execução do serviço. Os políticos foram detidos e o material apreendido, sendo levados para o plantão policial.

Por não terem R$ 10 mil no momento para pagamento da fiança, sendo R$ 5 mil para cada um, houve o recolhimento de Pires e Stin ao presídio em Santa Ernestina, acusados de praticarem danos contra o patrimônio público qualificado.

Em sua nota o PCO (Partido da Causa Operária) destacou que Pires era militante da organização trotskista em Araraquara e que tinha sido preso pela Guarda Municipal na madrugada dessa quarta-feira (6).

O partido, sem fazer referência a Stin, destacou que o militante (Pires) foi preso por defender a Palestina nas ruas durante uma atividade com os Comitês de Luta e contestou: “Não pode defender a resistência ao massacre. Não pode escrever nas redes sociais. Não pode colar cartazes e distribuir panfletos. Não pode mais pensar”, insistindo na liberdade para o Tiago Pires.

Durante o dia os presos foram ouvidos em audiência de custódia e a Justiça se posicionou de forma contrária à manutenção da prisão, retirando até mesmo o pagamento dos valores arbitrados no pedido de fiança, que segundo a vereadora do PT, Fabi Virgílio era “impagável”. Ela ainda criticou a prisão.