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Araraquara utiliza apenas 11% do orçamento de fortalecimento da GCM em 2021, afirma Sismar

Segundo entidade sindical, dos R$ 769 mil previstos no orçamento para o ano, apenas R$ 87 mil foram realizados; setor sofre pressão na pandemia, mas tem efetivo insuficiente e condições de trabalho precárias

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A GCM estranhou a movimentação no posto e foi averiguar, encontrando o funcionário amarrado e amordaçado

Em plena pandemia, quando os serviços da Guarda Civil Municipal (GCM) são relevantes para o combate à covid-19, a Prefeitura de Araraquara utilizou, até agora, apenas 11% de todo o dinheiro reservado para ações de fortalecimento da guarda em 2021. Isso é o que diz o Sismar ao se manifestar em sua página no face.

No total, afirma a entidade, são R$ 769 mil para ações de fortalecimento da GCM no orçamento de 2021. Porém, com o ano chegando à metade, apenas R$ 87 mil foram investidos pelo Município.

“Do total, foram empenhados R$ 263 mil, mas apenas um terço disso foi realizado (R$ 87 mil)”. Os dados são do Portal da Transparência e foram divulgados nesta semana pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara (Sismar).

Seguindo os números divulgados pelo sindicato, a Prefeitura ainda tem, mais de meio milhão de reais reservados por lei para investir no fortalecimento da GCM este ano.

“A Guarda Civil Municipal de Araraquara tem sido cobrada diariamente por mais fiscalização contra as aglomerações durante a pandemia, mas com viaturas sem manutenção quebrando no caminho da ocorrência, sem efetivo em número adequado para a população da cidade e nas condições atuais de trabalho fica difícil”, diz a publicação do sindicato.

Na avaliação do Sismar, os R$ 500 mil que a Prefeitura tem reservado para ações de fortalecimento da Guarda poderiam resolver alguns dos problemas. Eis a lista do sindicato:

  • Viaturas sem manutenção há anos, quebrando várias vezes durante deslocamento para atendimento de ocorrências;
  • Armas não letais sem manutenção, sem bateria (duas delas explodiram);
  • Não é realizado curso de atualização e capacitação dos GCM exigido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública;
  • Desde 2016, uma parte do prédio da GCM está interditada pela Defesa Civil, por risco de desabar;
  • Não há divisória de acrílico entre os servidores que monitoram câmeras de segurança e trabalham juntos na mesma sala lado a lado;
  • Não há refeitório para os servidores;
  • Vasos sanitários sem condição de uso.

O sindicato ainda ainda ao município que “as condições de trabalho dos guardas municipais são péssimas e o investimento da Prefeitura é praticamente nulo. Esperamos que estes R$ 500 mil sejam muito bem aplicados pelo governo, para que no ano que vem não seja preciso lutar pelos mesmos problemas”.

Consultada, a prefeitura ainda não se pronunciou sobre o assunto.