OLHO NO COMANDANTE
Escrevi aqui, quando da nomeação do novo comandante do Exército general Tomás Paiva, que ficássemos de olho nele, uma vez que apesar de fazer um discurso legalista (só para ser o ministro), estava no muro entre agradar o que hoje são opostos (por culpa de Jair Bolsonaro): o Governo e os militares. Em conversa vasada com o Alto Comando disse que a vitória de Lula “foi indesejada” pela maioria dos militares, mas “infelizmente aconteceu”.
SEM IRREGULARIDADES
Tomás Paiva comentou com os subordinados que “Não dá para falar com certeza que houve qualquer tipo de irregularidade” na eleição. O general acrescentou que as forças armadas investigaram em detalhes toda a eleição. “Estou falando para vocês, a gente constatou fraude, não! A diferença nunca foi tão pequena, mas infelizmente, foi o resultado que, para a maioria de nós, foi indesejado, mas aconteceu”, dizendo depois que tentava apaziguar os ânimos!
SEM CONDIÇÕES DE GOLPE
O general Paiva disse ainda que era “impossível de fazer” uma “intervenção militar com Bolsonaro presidente”. Para ele os “efeitos de um golpe militar seriam arrasadores. Imagina se a gente tivesse enveredado para uma aventura. A gente não sobreviveria como país, face ao bloqueio econômico jamais visto e o povo viveria as consequências. Teria sangue na rua. Ou vocês acham que o povo ia ficar parado? Não ia acontecer, cara”! Então se pensava no golpe…
SE UNIR CONTRA O PT
Sobre as tentativas do PT de promover uma reforma nas Forças Armadas, o comandante disse que “é preciso conter as propostas petistas e preservar o Exército. Faz parte da cadeia de comando segurar para que isso não ocorra. Agora fica mais difícil, mas nós vamos segurar porque o Brasil precisa das Forças Armadas, da nossa postura, da nossa coesão, da nossa manutenção dos valores, da crença na hierarquia e disciplina… Impedir o enquadramento”.
STF VAI JULGAR MILITARES
Vê-se que, nas entrelinhas, havia uma vontade de golpe entre os militares, na cabeça de Jair Bolsonaro e de toda a sua massa de manobra que nos acampamentos pedia intervenção militar com a continuidade do ex-presidente! Faz bem agora o STF decidir por julgar os militares que de alguma forma conspiraram o oito de janeiro. Para Alexandre de Moraes, o STM, Tribunal Militar “julga crime militares, não crime de militares” contra o Estado Democrático de Direito. É o certo!
DESALOJADOS DO LITORAL
Ao menos desta vez nos parece luz no fim do túnel com relação a uma solução digna para os desalojados do litoral que perderam suas casas e de outros que as terão que deixá-las para não terem o mesmo fim dos 65 mortos e um desaparecido. A União do governo estadual, federal e municipal, hoje capitaneada pelo governador Tarcísio de Freitas, busca construir casas para os desabrigados em 180 dias. Menos mal despois de tantas tragédias.
APHARTEID Á BEIRA-MAR
Em 2020, a Prefeitura de São Sebastião destinou terreno em área nobre de Maresias para a construção pela CEF de 400 casas às pessoas que moravam onde tudo agora desabou, mas o então secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, que possuía casa num condomínio de luxo na mesma área, barrou pessoalmente o projeto na CEF. Não queria pobre morando ao lado do luxo. “Pobre em condomínio só se for na cozinha ou lavando o banheiro”.
“FALTA VONTADE POLÍTICA”
Face as pesadas críticas que fiz na Seção passada sobre a falta de soluções às tragédias do litoral e outras, o ex-prefeito e ex-deputado Roberto Massafera nos informou que como subsecretário de Ciência e Tecnologia, em 1986, realizou junto ao IPT, vários estudos sobre áreas de risco no litoral, Serra do Mar, Via Anchieta e Imigrantes e ocupações em favelas de São Paulo. “A Defesa Civil deu continuidade e tem os projetos, mas não existe interesse político em buscar soluções”.
REVOLTA COM POLÍTICOS
Leitores enviaram mensagens para comentar nota da Seção sobre verbas imorais de deputados e senadores que além dos polpudos salários e outras mordomias, se presentearam com ajuda mudança de R$ 39.300,00. Uma leitora chegou a chorar de revolta e disse que “dá vontade de nunca mais votar em ninguém”. Citou a frase: “Não é difícil saciar a fome do pobre, difícil é saciar a ganância do rico” e completou: “Mais difícil ainda é acabar com as mordomias dos políticos”.
INIMIGOS DOS YANOMAMY
A Comissão externa para acompanhar a tragédia dos Yanomamy é um tapa na cara dos indígenas e uma desmoralização ao Senado. Três deles, senadores por Roraima, são notórios defensores do garimpo na TI, inimigos dos indígenas e predadores de seu direito à terra. Trata-se de Chico Rodrigues (PSB), Hiran Gonçalves (PP) e Mecias de Jesus (Rep). Os outros dois são Eliziane Gama (PSD-MA) e Humberto Costa (PT-PE). A composição ofende os Yanomamy e os brasileiros.
INTERESSES QUE DEFENDEM
O presidente da Comissão, Rodrigues, é o famoso dinheiro na cueca desviado do combate a Convid e tem interesse no garimpo das terras Yanomami; Hiran disse que “a política indígena prejudica o desenvolvimento e a população de Roraima” e Mecias é autor de projeto para liberar o garimpo em terras indígenas. A ficha dos três dá a medida dos interesses que defendem que não são nem dos indígenas e muito menos da mão de obra quase escrava do garimpo.
EXPRESSA AFUNDANDO
Especialista nos contou que se demorarem os trabalhos de socorro, a Via Expressa poderá afundar na região antes do Terminal de Integração até onde se localiza o McDonalds. Na sua opinião, o acúmulo de água do Córrego da Servidão, canalizado sob a Expressa, teria formado um pequeno lago na região. Disse também que o prefeito Edinho Silva teria sido avisado em tempo que a Avenida 36 iria explodir, onde exatamente aconteceu e não tomou providências.
“MOTOS BARULHENTAS”
O vereador Marchese da Rádio (Patriota) que faz um trabalho incansável nos bairros da cidade visitando e denunciando problemas e promovendo indicações para resolvê-los, anunciou que está formando uma Comissão com outros vereadores, reunindo Guarda e a Polícia para pôr um fim nas motos barulhentas da cidade. Disse ainda que está defendendo colocar gradis nos viadutos da Via Expressa para evitar futuros suicídios que vez ou outra ocorrem ali.
