O Banco Municipal de Alimentos, pertencente à Coordenadoria de Segurança Alimentar vinculada à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Araraquara, completa nesta sexta-feira, 21 de julho, 16 anos de atividade.
Este importante equipamento público é o principal polo de arrecadação e distribuição de alimentos, incluindo a distribuição regular de cestas básicas e de 500 cestas de hortifrutis por semana, que são adquiridos diretamente da agricultura familiar local.
Atualmente são beneficiadas mais de 8.500 pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo os beneficiários de 68 entidades socioassistenciais e dos dez Centros de Referência em Assistência Social (CRAS). No primeiro semestre foram distribuídas mais de 100 toneladas de alimentos, além de uma média mensal de 1.600 cestas básicas.
Recentemente foram intensificadas as atividades de reaproveitamento de alimentos que são destinados às entidades socioassistenciais, visando assim reduzir ainda mais o desperdício de alimentos e melhorando o atendimento com o fornecimento de molhos, caldos, doces e polpas de frutas, cuja produção já supera uma tonelada por mês. “As atividades se iniciam após a seleção dos alimentos que são doados diariamente e recolhidos nos supermercados. Em seguida, os hortifrútis são higienizados, e alguns passam por processo de branqueamento, antes de serem embalados”, explica a gerente de Segurança Alimentar, Meire Cristina Tortura.
“O branqueamento consiste em colocar os legumes imersos em água quente e gelada, o que inativa as enzimas responsáveis pelo escurecimento dos alimentos, como no caso da batata, que após este processo é embalada à vácuo”, esclarece a nutricionista e gerente de Abastecimento, Paula Fernanda de Oliveira.
O trabalho de seleção e processamento dos alimentos conta com a colaboração das reeducandas do Centro de Ressocialização Feminino, e da estagiária do curso de nutrição Paloma Figueiredo, beneficiária do Programa Jovem Cidadão, que recebem toda a orientação para a produção segura dos alimentos.
Silvani da Silva, coordenadora de Segurança Alimentar, exalta a importância do trabalho realizado. “É um processo circular e resiliente, que além de combater a fome, é extremamente importante para o meio ambiente, pois anualmente são reaproveitadas cerca de 120 toneladas de alimentos, o que reflete diretamente na redução do descarte de resíduos orgânicos. O processamento possibilita um estoque mínimo de alimentos para atender as entidades com regularidade, contribuindo para garantir o direito humano à alimentação para as pessoas que mais precisam”, salienta.
A coordenadora agradece a confiança dos parceiros doadores e a dedicação da equipe técnica e das reeducandas. “Ressalto o trabalho das entidades socioassistenciais que atendem diversos segmentos sociais, como crianças e idosos abrigados, pessoas em situação de rua, dependentes químicos, entre outros, o que contribui para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária”, conclui Silvani.
