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Casa da Mulher Paulista será inaugurada nesta sexta-feira (22) no Adalberto Roxo em Araraquara

Solenidade terá a participação do governador em exercício, Felicio Ramuth

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A Casa da Mulher Paulista

Uma solenidade programada para esta sexta-feira (22), às 11h, marcará a inauguração da Casa da Mulher Paulista “Luzia Conceição Pedroso Legramandi”, que fica na Rua Hélio Sigoli, 383, Jardim Adalberto Roxo. Na cerimônia, o prefeito Edinho receberá o governador em exercício, Felicio Ramuth, e a secretária de Estado de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes.

A Casa da Mulher Paulista é um convênio celebrado com o Governo do Estado de São Paulo para a construção do prédio para a implantação do projeto Casa da Mulher Paulista, que objetiva o fornecimento de suporte jurídico e psicológico, qualificação profissional e acolhimento às mulheres.

A obra contou com um investimento total de R$ 940.667,23, sendo R$ 765.000,00 de repasse estadual e R$ 175.667,23 de contrapartida da Prefeitura. O prédio conta com um salão principal e palco destinados a conferências e cursos em geral, salas de atendimento, brinquedoteca, área de gastronomia, sanitários e depósito para manutenção e limpeza.

O projeto é vinculado à Secretaria de Políticas para a Mulher do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Secretaria Estadual de Governo e Relações Institucionais, prefeituras paulistas e outras entidades. Será um espaço dedicado à proteção, ao acolhimento, à capacitação e à orientação das mulheres em direção ao mercado de trabalho, além de fornecer suporte jurídico e psicológico para recuperação de autonomia e confiança. A unidade de Araraquara é a 10ª inaugurada no Estado.

A HOMENAGEADA

Luzia Conceição Pedroso Legramandi nasceu em 5 de dezembro de 1947 em Guariba, filha de Maria Gonçalves Pedroso e José Pedroso. Casou-se em 1967, aos 20 anos, com Ângelo Legramandi, quando se mudou para Araraquara. Dessa união nasceram os filhos Carlos Alberto, Rosangela e Fernanda. Com seu coração bondoso, acolheu e criou como seus filhos Sebastião, Fábio, Flávio e Fabiana, filhos de seu irmão falecido muito jovem.

Aos 41 anos foi avó e ajudou na criação de seus três netos e nove bisnetos. Em 1980 se mudou com a família para o Selmi Dei, bairro que ainda estava em formação, com poucos moradores e muitas demandas, e a partir daí começou a mobilizar as pessoas para conseguir melhorias para o bairro. Com seu engajamento e facilidade em se comunicar, Luzia começou a reunir a vizinhança na sua residência e ouvir as propostas de cada morador, sistematizando-as e encaminhando-as para o poder público.

No atendimento às famílias, a situação de vulnerabilidade das mulheres e crianças era que mais a mobilizava. Além do engajamento socioassistencial, Dona Luzia se destacou também no campo da cultura, exercendo a presidência da tradicional Escola de Samba Gaviões do Selmi Dei no final dos anos 90.

A partir da sua trajetória inspiradora no trabalho social e voluntário, tanto em relação às demandas das pessoas e famílias, quanto às melhorias no bairro, Dona Luzia foi conduzida naturalmente à política, tornando-se secretária parlamentar de Marcelo Barbieri, onde deu continuidade às suas ações de solidariedade e engajamento em prol daqueles que mais precisavam.

Em 2004 foi acometida por um AVC, e mesmo em cadeira de rodas, Dona Luzia continuou sendo solidária e prestativa. Dona Luzia faleceu em 9 de julho de 2009, aos 61 anos. Após sua morte, seu marido Ângelo continuou seu legado, ajudando a todos e buscando acolher os mais necessitados. Ângelo faleceu em 25 de fevereiro de 2021.