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Com cursos especifícos, Sindicato Rural busca ensinar combate a incêndios

Com o apoio da Faesp e do Senar, o Sindicato Rural de Araraquara aumenta o número de cursos para formar profissionais que auxiliem no primeiro combate a incêndios em propriedades rurais. Ao mesmo tempo a parceria atende demandas de usinas e fazendas com a formação de equipes especializadas.

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Neste ano os incêndios no campo aumentaram consideravelmente

Em agosto o Sindicato Rural de Araraquara organizou na Fazenda Maringá, pertencente a Citrosuco, em Nova Europa, o curso de Prevenção e Combate a Incêndio no Campo, um dos mais requisitados neste período do ano por conta dos incêndios que ocorrem, causando enormes danos às propriedades rurais e ao meio ambiente.

Ministrado pelo instrutor Bruno Ferreira Chagas, o programa de ensinamento durou três dias. Para ele – o período de estiagem e, com o tempo seco, a possibilidade de queimadas é grande: a prevenção é a melhor alternativa, quando então entra o Senar SP com o suporte de capacitação e o Sindicato Rural para organizar os cursos após a oficialização das demandas.

Aulas de primeiros socorros

Até o final da estiagem, diz o coordenador regional do Senar SP, o engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas ‒ iniciada em abril, após “as águas de março fechando o verão”, como diz a canção popular, e que só vai terminar lá por setembro, com o prenúncio da Primavera ‒, muitas queimadas estão sendo registradas.

Para o instrutor, atento às necessidades dos curso de prevenção, os incêndios acontecem com maior frequência em propriedades rurais que ficam às margens das estradas, onde qualquer toco de cigarro jogado inescrupulosamente pode vir a causar um fogaréu de maiores proporções devido ao mato estar muito seco nesta época, sendo material de fácil combustão.

Mas, João Henrique considera que alguns incêndios são criminosos, outros podem ser causados por raios, e, ainda outros, por descuido na limpeza de terrenos; até um caco de vidro, uma lata, um pedaço de metal podem ser responsáveis por dar início ao fogo que, sem controle, pode consumir grandes áreas de plantações ou matas.

Aula de primeiros socorros e também aula prática de combate a incêndio

A Fazenda Maringá em Nova Europa é uma das empresas agrícolas que mais cursos requisitam na atualidade, dando importância ao meio ambiente e ao seu próprio patrimônio. “Os proprietários de áreas rurais precisam ficar atentos para evitar incêndios de grandes proporções em suas lavouras, e sempre é bom reforçar as medidas de prevenção, já que fatores como o aumento da incidência de ventos, a baixa umidade relativa do ar e a falta de chuvas contribuem para que eles ocorram”, diz o coordenador do Senar.

Durante o curso, o instrutor Bruno Chagas, buscou também chamar a atenção dos participantes para os primeiros socorros – caso as pessoas entrem num processo de intoxicação pela fumaça ou algum outro tipo de risco: “Mostramos os cuidados iniciais prestados a uma pessoa, com o objetivo de manter seus sinais vitais (respiração, batimentos cardíacos, temperatura e pressão arterial) e, sobretudo não agravar lesões existentes e não causar novas lesões, até que haja a chegada de socorro médico especializado, previamente acionado”, destacou.

O fogo pode causar inúmeros danos, além da queimada em si, como matar os micro-organismos do solo e destruir a matéria orgânica, consequentemente empobrecendo-o para o cultivo. Mata também os animais silvestres, deixando como saldo prejuízos com a queima de estruturas como cercas e, sendo em áreas de pastagens ou cultivos, pode inviabilizar toda a produção naquele espaço. O fogo também pode atingir a rede elétrica e provocar um aumento nos danos.