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Comissão questiona delegado sobre caso do cachorro que morreu de fome

O tutor estava no local onde o cachorro ficou acorrentado por 10 dias sem água e sem comida e morreu logo após a chegada do fiscal. O estado de flagrância estava configurado, porém não foi preso

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Tiago Romano, Ana Lucia Chaquini, Carol Mattos Galvão,Luna Meyer, Dr. Ravenna e Betty Peixoto

O Presidente da 5ª Subseção da OAB Araraquara Tiago Romano, juntamente com a Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB representada por sua presidente Carol Mattos Galvão, Betty Peixoto da Associação SOS Melhor Amigo, Ana Lucia Chaquine Coordenadora do Bem-Estar Animal e a vereadora eleita Luna Meyer, estiveram reunidos nesta segunda-feira (28) com o delegado titular Dr. Edivaldo Ravenna, para tratar do crime ocorrido no último sábado (26) onde um cachorro morreu de inanição.

O delegado Ravenna explicou à comissão a fundamentação técnica pela qual o delegado plantonista não decretou a prisão em flagrante do homem de 62 anos, que deixou o cachorro acorrentado sem comida e água por mais de 10 dias. A comissão também falou sobre sua indignação diante do caso e apelou para que haja rigor na apuração do caso.

Entenda o caso – Lei Sansão que pune maus tratos a animais é descumprida em Araraquara

Diante disso, a Comissão irá protocolar requerimento para acompanhamento do Inquérito, bem como para auxiliar na construção do conjunto probatório, vislumbrando ainda a possibilidade de decretação de prisão, mas na modalidade preventiva.

Em nota a Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB, diz que: “É evidente que embora a Lei Sansão tenha endurecido a punição, é preciso se construir a estrutura para regular aplicação da lei. A resposta que a sociedade pede é legítima e não serão medidos esforços para que o caso seja apurado com rigor, de forma transparente buscando a justiça para quem mais sofreu nesse crime horrível: o cachorro Sadam”.

De acordo com Betty Peixoto da Associação SOS Melhor Amigo, afirmou que: “Nós não desistiremos, mas saibam que a luta será árdua. Há muito a conquistar, a começar pela mentalidade das pessoas que delegam aos outros suas responsabilidades. Vamos lutar pelos animais, até que a sociedade entenda que os direitos dos animais dependem sim da letra fria da lei, mas dependem também da sensibilidade em ouvir os pedidos de justiça de quem não sabe falar e lutar por si”, ressaltou a protetora.

A vereadora eleita Luna Meyer ressaltou ao Portal RCIA que: “É evidente que o poder público de uma maneira geral está pouco preparado e paramentado para lidar com as novas políticas para animais que surgem e se fortalecem. É preciso estabelecer um diálogo constante não somente de cobrança, mas de informação e desconstrução de uma mentalidade estabelecida há anos. Na posição de parlamentar um dos meus maiores objetivos é fortalecer esses laços, tornar a ação das polícias mais eficiente e consequentimente contribuir para que a justiça que tanto esperamos para os animais seja uma realidade”, finalizou a parlamentar