Até parece que a Mitra Diocesana em São Carlos, que responde pela Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Araraquara, já desconfiava que – a Expocarmo, evento previsto na região onde está instalado o Sesc – “seria problema”. Se antecipando, a mitra publicou no dia 15 de setembro um comunicado em que afirma – estar preocupada com a vinculação da Expocarmo ao nome da Paróquia. A feira duraria 10 dias.
Um documento assinado pelo advogado Lucas Fabrício de Moraes Barbosa chegou ao RCIA, alertando a população que “o evento não tem qualquer relação com a igreja católica ou com a própria Paróquia do Carmo”. Ele cita que a igreja sempre realizou seu antigo evento em julho, dada a relação do mês com a Santa Padroeira; “Portanto, trata-se de um evento privado, cuja organização e realização é de responsabilidade de particulares, inexistindo vínculo jurídico entre estes e a igreja católica”, comentou o advogado.
No mesmo documento, Lucas Barbosa assegura que – providências judiciais serão tomadas caso a razão social ou nome fantasia ou qualquer outro elemento que integra seu patrimônio imaterial seja utilizado indevidamente para divulgação de eventos e afins.
DEU PROBLEMA
A Expocarmo seria realizada nos moldes que a igreja sempre promoveu: barracas ou estandes, consumo de alimentos, parque de diversões e espaços locados para comercialização de produtos. Para participar, cada comerciante interessado teria que comprar e pagar antecipadamente uma taxa, espécie de aluguel à empresa organizadora.
No entanto, neste sábado alguns dos participantes foram ao Plantão Policial para denunciar o golpe que teriam sofrido, onde o suposto organizador havia recebido o valor de R$ 4,5 mil por um espaço de 30 m², sem contudo lhe entregar o alvará. Outros comerciantes também registraram o boletim afirmam que – fizeram o pagamento e ainda arcaram com despesas de viagens.
À autoridade policial afirmaram que tentaram contato com o organizador, mas não conseguiram falar. A Expocarmo estava prevista para acontecer a partir desta sexta-feira (23) e o sábado seria o ponto alto para comercialização dos artigos e produtos, além dos serviços na área de gastronomia e diversões. Os comerciantes desmontaram seus estandes e voltaram para suas cidades de origem.