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Faturamento do varejo araraquarense deve atingir R$ 2,4 bilhões em dezembro

FecomercioSP situa Araraquara entre as melhores cidades que compõem o estudo sobre as projeções de vendas do comércio

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Dezembro se configura como um importante período para o faturamento do comércio varejista

O varejo de Araraquara deve encerrar o mês de dezembro com faturamento 8,2% maior na comparação com mesmo período do ano passado, atingindo aproximadamente R$ 2,4 bilhões em vendas, segundo análise do Núcleo de Economia do Sincomercio. Os números foram baseados na Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV), que é realizada periodicamente pela FecomercioSP.

De acordo com o levantamento, o faturamento dos estabelecimentos que desempenham atividades essenciais deve chegar a R$ 1,6 bilhão, ou seja, um aumento de 11,1% em comparação com dezembro de 2019. Já para aqueles que sofreram com restrições às atividades durante o ano, a expectativa é menor, mas ainda positiva. Espera-se acréscimo de 2,2% nas vendas em 2020, atingindo R$ 743,8 milhões.

“Dezembro se configura como um importante período para o faturamento do comércio varejista. Seja pelas festas de fim de ano, seja pelos benefícios salariais que fortalecem a renda, como o décimo terceiro salário, o tradicional aumento das vendas gerará um bom fôlego extra ao caixa das empresas e auxiliará, sobretudo, os pequenos e médios negócios a fechar o ano em alta”, avalia Marcelo Cossalter, pesquisador do Sincomercio.

A pesquisa detalha ainda que os estabelecimentos especializados em móveis e decoração e construção civil deverão apresentar os melhores resultados percentuais. O primeiro projeta aumento de 91,8% nas vendas, enquanto o segundo prevê faturamento 41,9% maior na comparação interanual.

Entre as atividades que devem encerrar dezembro com o maior faturamento bruto, quando comparado ao total de vendas do comércio varejista municipal, destacam-se os supermercados, com 37,3% (R$ 902.130 mil) de participação no total, e as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, com 11,2% (R$ 271.340 mil).

Os segmentos que devem registrar os piores resultados são: concessionárias de veículos, com queda de 11,5% em relação ao faturamento de dezembro de 2019, e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, com -7,4% das vendas obtidas no ano passado. Já entre as atividades cuja expectativa é de encerrar o mês com menor participação no faturamento total do comércio varejista estão as lojas de móveis e decoração e de autopeças e acessórios, com 0,6% (R$ 15.095 mil) e 2,6% de participação (R$ 61.640 mil), respectivamente.

Projeção de faturamento do comércio varejista em Araraquara – Dezembro/2020

Fonte: FecomercioSP Elaboração: Sincomercio Araraquara

Os segmentos de autopeças e acessórios e móveis e decoração, mesmo sendo os que apresentam faturamento com menor participação no total do comércio varejista, também são as atividades com maior variação em termos percentuais. “Isso ocorre pois ambos os setores foram fortemente afetados no auge da crise, o que reduziu significativamente as vendas. Com a reabertura das atividades não essenciais e a retomada do consumo, o aumento observado nas vendas representa, em termos percentuais, uma variação superior aos segmentos que continuaram funcionando e registraram aumento gradual no faturamento”, analisa o pesquisador do Sincomercio.

ARARAQUARA BEM POSICIONADA

A comparação dos resultados apresentados para cada um dos 16 municípios avaliados na pesquisa revela o bom desempenho esperado para a cidade de Araraquara. Projeta-se que o município terá aumento de 8,2% nas vendas durante o último mês de 2020, ficando atrás apenas das cidades de Jundiaí, Sorocaba e do Litoral Paulista, que devem atingir crescimento de 17,5%, 14,5% e 10,8%, respectivamente – todos na mesma base comparativa.

Em relação aos segmentos correspondentes às atividades restringidas, o resultado é ainda melhor. O estudo projeta crescimento de 2,2% para o varejo local, atrás apenas das cidades de Jundiaí e Sorocaba, que devem faturar, respectivamente, 21,4% e 2,4% a mais em relação a dezembro do ano passado. Por fim, os estabelecimentos integrantes das atividades essenciais devem registrar aumento de 11,1%, colocando o município na 6º posição.    

“Mesmo que as expectativas para o fim do ano apontem para uma melhora das condições financeiras das atividades que compõem o comércio varejista de Araraquara, existem desafios a serem superados. O consumo responsável pela retomada da economia e que vem sendo observado nos últimos meses foi, em grande parte, sustentado pela injeção de recursos oriundos dos auxílios emergenciais, mantendo a demanda por bens e serviços aquecida”, explica Marcelo.

Para o pesquisador do Sincomercio, o fim do auxílio emergencial, variável chave para o crescimento econômico no curto prazo, pode significar arrefecimento nos gastos das famílias, uma vez que os índices de endividamento têm se elevado e as taxas de juros em queda podem não ser suficientes para alavancar o consumo e o investimento. “Esses fatores podem representar obstáculos na recuperação iniciada em abril, mês em que os indicadores apresentaram o pior desempenho mensal de 2020”, projeta.