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Justiça nega pedido de prisão de motorista que atropelou e matou ciclista

Pedido feito pela Polícia Civil tinha o aval do Ministério Público; jovem de 25 anos ainda não se apresentou. Vítima de 42 anos foi arremessada e parou em canteiro elevado de avenida.

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O estado do veículo que atropelou e matou o jardineiro (foto ao lado)

A Justiça de Jaú (SP) negou na tarde desta quarta-feira (19) o pedido de prisão temporária de um jovem de 25 anos, que atropelou e matou um ciclista de 42 anos na manhã do último sábado (15) em uma avenida da cidade. O pedido feito pela Polícia Civil da cidade tinha o aval do Ministério Público (MP).

O Tribunal de Justiça do Estado adiantou que o caso está sob segredo de justiça e que, por isso, não pode se manifestar. A informação da rejeição do pedido foi confirmada pelo delegado Aldo Eduardo Lorenzini, que comanda a investigação.

O delegado também informou que, até o início da noite desta quarta-feira, Renato Mott Galvão de Arruda Filho, de 25 anos, que dirigia o carro, não havia se apresentado à polícia. O caso foi registrado inicialmente pela Polícia Civil como homicídio culposo na direção de veículo, com agravantes de negativa de prestar socorro e fuga do local do acidente.

RELEMBRANDO O CASO DA SEMANA PASSADA

José Roberto Convite, 42 anos, foi sepultado no domingo (16), em Jaú. O jardineiro ia de bicicleta da casa em que morava, no Cidade Alta, Zona Norte, até uma residência onde faria serviços no Jd. Maria Luiza, Zona Oeste, quando foi violentamente atingido por um carro Audi preto.

Faltava pouco para 7h da manhã quando José Roberto foi atropelado. Ele morreu no local, arremessado a cerca de 22 metros de distância do carro, no talude de proteção de um condomínio fechado na Av. João Franceschi.

IDENTIFICAÇÃO DO MOTORISTA

A Polícia Civil identificou Renato Mott Galvão de Arruda Filho, 25 anos, cuja família seria dona de fábrica de calçados na cidade, como “proprietário do veículo” — ele só poderá ser confirmado como motorista quando prestar depoimento e/ou a polícia confirmar por meio de provas testemunhais.

Um amigo do condutor, que vinha no carro de trás e que seria advogado da prefeitura, parou, foi ao encontro dele e parece falar ao telefone (há ao menos uma foto desse momento nas redes sociais); instantes depois, alguém da família do rapaz teria aparecido no local e ajudado o motorista a evadir-se — o que caracteriza crime.

Há muitas informações nas redes sociais sobre o atropelamento, a maioria com especulações sobre o caso. Entre elas, que o motorista estava embriagado e em altíssima velocidade (provavelmente por causa da destruição do veículo, que após atropelar o ciclista ainda bateu em um poste de concreto, que só não caiu porque ficou preso pela fiação elétrica).

A bicicleta do jardineiro foi encontrada enroscada debaixo do Audi, igualmente destruída. O corpo de José Roberto foi arremessado com tamanha força que se lançou sobre uma mureta de mais ou menos um metro de altura, indo parar no talude de grama acima disso, ao lado do muro da divisa do condomínio residencial existente no local.

O jardineiro vivia em união estável e deixou uma filha de 13 anos, chamada Roberta.