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Mulher acusada de participar da morte de motorista é absolvida pelo tribunal do júri

Crime aconteceu em janeiro de 2019. Corpo da vítima foi encontrado parcialmente queimado num loteamento em cidade da região.

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Sergio Garbin, o motorista assassinado em São Carlos (Foto: SCA)

O tribunal do júri absolveu Zenilda Domingues, que era acusada de junto com a diarista Maria Conceição de Almeida Martarello, 56, de ter tramado a morte de Sérgio Camilo Garbim, 54, ocorrida em janeiro de 2019. O corpo da vítima foi encontrado com sinais de facadas e parcialmente queimado em um terreno no loteamento Arcoville. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (21), no Fórum Criminal de São Carlos.

O caso foi esclarecido pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que chegou até diarista Maria Conceição de Almeida Martarello, que confessou o crime. Ela conheceu a vítima através das redes sociais e alegou estar sendo chantageada e ameaçada.

Segundo relatórios da Justiça, Maria da Conceição relatou, em todas as oportunidades em que foi ouvida, a mesma versão sobre os fatos. Informou que conheceu Sérgio pelas redes sociais e depois passaram a conversar por meio do aplicativo “Whatsapp”. Sérgio veio da capital onde residia e teve um encontro presencial com ela e teria passado a chantageá-la, dizendo que ela estaria “em suas mãos” e que iria fazer mal a seus filhos.

Posteriormente, conheceu Zenilda, a qual já havia se relacionado com Sérgio e também teria sido chantageada por ele e, ouvindo sua história, propôs que matasse Sérgio, para que ele a deixasse em paz, ideia que acabou concretizando no dia dos fatos, em defesa de seus filhos.

Maria da Conceição negou ter premeditado o delito. Narrou que Zenilda lhe encaminhou via Correios, substância genérica do medicamento “Rivotril”, para dopar a vítima, caso fosse necessário.

No dia do ocorrido, Sérgio foi até a cidade de São Carlos para encontrá-la e ao entrar no carro pegou em seu braço e lhe disse “mulher tem que ser tratada assim” e “agora você vai ter que me sustentar em tudo”, além de lembrá-la que conhecia o seu endereço e o endereço de seu filho.

Nesse momento, pensou que não teria saída a não ser matar Sérgio. Assim, acabou utilizando-se do remédio fornecido por Zenilda em uma dose de bebida ingerida por Sérgio e, posteriormente, desferiu contra ele golpes com um facão, além de atear fogo em seu corpo.

Indagada sobre a gasolina e o facão que já se encontravam no veículo, afirmou que a gasolina ficava em seu carro para que não ficasse no caminho sem combustível e que mantinha o facão para sua segurança pessoal. Também afirmou, durante a instrução probatória, que não procurou a Polícia, pois Zenilda lhe alertou que embora tenha registrado diversos boletins de ocorrência contra Sérgio, isso não impediu que continuasse sendo chantageada por ele

Maria Conceição foi condenada quatro anos de reclusão pelo crime de homicídio. O julgamento aconteceu em novembro de 2020. Ela não tinha passagens pela Polícia, já Sérgio tinha registros de ocorrências relacionadas a ameaça, injúria e difamação de mulheres. (Informações SCA)