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Polícia Federal diz que Operação CyberCafé não aconteceu em Araraquara

O grupo criminoso, que foi alvo da operação da Polícia Federal nesta quarta (22), atuava principalmente para empresas do ramo de café e invadia contas bancárias pela internet. A operação, de acordo com a PF também envolvia Araraquara nesta manhã, com um mandado. O que foi desmentido: a operação aconteceu em Araçatuba com apoio da PF de Araraquara.

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Polícia Federal cumpre mandados em várias cidades, inclusive Araraquara

A Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (22), está deflagrando em diversos estados brasileiros, entre eles Santa Catarina, a operação CyberCafé, cujo objetivo é reprimir a ação de um grupo criminoso especializado na prática de fraudes eletrônicas. Um desses mandados, seria sido cumprido em nossa cidade, o que foi desmentido pela Polícia Federal logo em seguida. Seria em Araçatuba, porém com apoio da Unidade da Polícia Federal de Araraquara.

Além do cumprimento das ordens judiciais, a intenção dos policiais é de obter novas provas que servirão para desmantelar a facção.

A operação tem como sede a cidade de Vila Velha, no Espírito Santo. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária nas cidades de Florianópolis (SC) e Araçatuba — em São Paulo —, sendo um em cada município. Ainda, 18 mandados de busca e apreensão foram expedidos. Entre eles, 11 estão sendo cumpridos no Espírito Santo.

Estão sendo executadas também medidas de depósitos em contas bancárias, criptoativos e imóveis, além da apreensão de veículos.

Todos esses bens estão sendo avaliados em quase R$ 6 milhões pela Polícia Federal.

A operação conta com a participação de 77 policiais dos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais e Santa Catarina.

ENTENDA O QUE É A OPERAÇÃO

As investigações da Polícia Federal acerca do que se tornaria a Operação CyberCafé iniciaram após a Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos brasileira identificar a atuação de um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias no Estado do Espírito Santo.

Assim, os policiais descobriram que a facção era composta por ao menos três núcleos: os hackers, os intermediares e os beneficiários.

Num todo, eles invadiam contas bancárias por meio da internet, a fim de desviar valores ou então quitar boletos de dívidas tributárias junto à Secretaria Estadual de Fazenda do Espírito Santo. Separadamente, cada núcleo possuía uma função específica nas ações.

Os hackers acessavam ilegalmente as contas das vítimas de maneira remota, e faziam o desvio do dinheiro para os boletos que necessitavam de pagamentos ou então para os beneficiários, que, por sua vez, eram recrutados pelos intermediários.

Este segundo grupo ficava responsável por repassar aos intermediários e aos hackers os valores arrecadados com as fraudes.

Com isso, enormes prejuízos financeiros foram causados a bancos e empresas em território nacional. Além disso, os pagamentos de impostos feitos de maneiras indevidas, com valores advindos das contas alvos das fraudes, estavam frustrando os servidores públicos.

POR QUE CYBER CAFÉ?

Os criminosos investigados operam exclusivamente na internet, por isso a primeira parte do nome ser “cyber”. Já o “café” diz respeito aos maiores beneficiários das fraudes, empresas que atuam com o comércio de café do Espírito santo.

Os suspeitos responderão pela prática de furto qualificado mediante fraude, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Caso forem condenados, podem pegar penas de até 21 anos de reclusão.