De fato, o assassino de Karunã Ferreira Coimbra Manduca, 30 anos, é o seu ex-namorado de 27 anos, Cauã Victor. O crime aconteceu no último domingo (22) na Avenida Santa Catarina, Jardim Brasil em Araraquara, na parte da manhã, quando a mulher foi encontrada carbonizada em sua cama, amarrada e amordaçada.
Como Karunã teve um relacionamento com Cauã e colocou um ponto final no romance na semana passada, o setor de investigações já desconfiava de que o assassino fatalmente seria o namorado inconformado com o cenário de abandono. Consta que ele teria premeditado a morte da mulher por conta de ter saído e retornado, trazendo inclusive o álcool para incendiar a casa. Outra hipótese de ser o assassino é que ele estava desaparecido e nem no sepultamento compareceu.
O fato de Karunã estar amordaçada e as mãos atadas também levou a polícia a entender que alguém esteve no interior da casa e para isso teria que ser uma pessoa com fácil acesso. Sobre o incêndio, na verdade, ele não queria deixar pistas. Para isso colocou cobertores e lençóes amarrados pelas pontas, uma espécie de Tereza, termologia utilizada nos meios policiais, do fogão até a cama, agindo de forma proposital.
Para localizar o assassino a polícia agiu de forma rápida pois pressentia que a qualquer momento entraria em rota de fuga. O monitoramento sobre familiares e amigos do assassino foi acelerado e logo veio a desconfiança de pessoas mais próximas, no caso a residência da avó, na Rua São Vicente de Paula esquina com Avenida Santa Maria, na Vila Xavier. Mas, ele já teria saído, e ido para um motel onde ficou escondido.
De lá Cauã teria tentado se locomover para Matão ou São José do Rio Preto, contudo a corrida foi negada por um motociclista. Como já estava na garupa ele pediu para parar quando quis se apossar da moto, entrando em luta com o motociclista que pediu ajuda de populares que passavam.
Cauã pressentindo a chegada Polícia Militar entrou em uma chácara perto do Campus, subindo em uma árvore para se esconder. Com a chegada dos militares, segundo o sargento Florisval foi pedido que descesse; ao descer tentou correr mas houve o cerco impedindo sua fuga. Posteriormente o assassino passou pelo Pronto Socorro e foi encaminhado a DIG para será ouvido.
Não se confirmou a possibilidade de fuga do criminoso com ajuda dos familiares; este fato só será esclarecido após entrevista coletiva do delegado Fernando Bravo que comandou as investigações, tendo o apoio dos seus agentes de investigação e policiais militares.