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Prefeitura multa condomínios de luxo por manter galinhas como caçadoras de escorpiões

Normalmente utilizados para o extermínio de escorpiões e lacraias em condomínios os galináceos, principalmente as "galinhas de Angola" estão com acesso e convivência - proibidos nos condomínios em nossa cidade. Dois foram multados e um advertido.

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Galinhas de Angola são as mais apropriadas para essa prestação de serviços

Em resposta ao Requerimento nº 104/2022, de autoria da vereadora Luna Meyer (PDT), solicitando informações acerca de galináceos e outras aves em condomínios horizontais na cidade, a Prefeitura encaminhou à Câmara o Ofício nº 805/2022.

Segundo a gerente da Vigilância Sanitária, Silvia Adalberto, em 2021, foi recebida a denúncia de criação de galináceos e outras aves em três condomínios: Quinta do Salto, Residencial Sollaris e Damha ll. Ela ainda afirma que foram abertos processos administrativos de autos de infração para os três condomínios, sendo dois penalizados com multas e um com advertência.

A criação dessas espécies é permitida somente em propriedades situadas na zona rural do município, cujas instalações apresentem condições sanitárias adequadas. A criação de galinhas, gansos e outras aves em locais inadequados, como fundos de quintal, podem ocasionar problemas como mau cheiro, moscas e perturbação do sossego.

“Algumas doenças estão ligadas a animais que as pessoas costumam criar no próprio quintal, como a leishmaniose, por exemplo. Com a proliferação dos insetos atraídos pelas galinhas e suas fezes, cresce a possibilidade de eles picarem um cão infectado e transmitir a doença ao picar outros animais ou o homem”, argumentou Luna.

De acordo com a gerente de Controle de Zoonoses, Ana Paula Almeida, foram registrados seis novos casos caninos de leishmaniose visceral canina no ano de 2021, não havendo casos humanos. “Realizamos orientação acerca desses animais quando realizamos busca ativa de leishmaniose visceral canina nos locais com casos confirmados. Além disso, as visitas técnicas incluem coleta de sangue de animais suspeitos, orientação sobre a doença e medidas de prevenção e controle”, explicou.

A vereadora conclui: “O motivo que me levou a estes questionamentos foram denúncias constantes por parte de moradores de que as galinhas teriam livre acesso à pista de alta velocidade e estariam sendo atropeladas com frequência. Eu não sou contra as pessoas criarem galinhas, desde que seja dentro dos protocolos sanitários para evitar a leishmaniose e com responsabilidade com o bem-estar delas. Sendo assim, peço a moradores que observarem situações similares que sigam denunciando para garantir o respeito que esses animais merecem”, finalizou.