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Se Prefeitura não antender exigências greve dos servidores vai começar na segunda que vem

Prefeito Edinho Silva enfrenta dois graves problemas se realmente os servidores levarem avante a ideia de greve no decorrer da semana: adesão maciça dos funcionários da Saúde por conta do avanço da Dengue e da Educação, revolta dos pais que não tem onde deixar os filhos que estudam nas escolas municipais.

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Prefeitura decide "peitar" servidores e não arreda pé da sua proposta

Mais de 1.500 servidores públicos estão concentrados em frente o Paço Municipal desde às 8h desta segunda-feira (11) em Araraquara. Isso representa, segundo o Sismar uma grande parte do funcionalismo que está lutando por seus direitos, após dois anos de pandemia.

O ato desta manhã representa apenas um dia de paralisação mas o movimento pode tomar caminhos mais perigosos, como a greve. Na assembleia desta manhã com a participação dos servidores ficou decido que – se não houver nova proposta da Prefeitura até quinta-feira (14), haverá greve geral por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (18).

A prefeitura tendo em vista a paralisação atende praticamente com um quadro muito reduzido de funcionários, sendo que esta decisão foi tomada na sexta-feira quando houve uma assembleia coordenada pelo sindicato da categoria.

Para os sindicalistas esta semana será decisiva para uma paralisação geral se a prefeitura não promover o atendimento das propostas exigidas pelos trabalhadores. “Queremos reajuste da inflação e aumento real como valorização pelo nosso trabalho. Quem faz a cidade funcionar somos nós! 5% é Ridículo!”, comentou um servidor nas redes sociais, pouco depois das 9h.

A manifestação desta manhã é composta por servidores de todos os setores, no entanto, o maior número de manifestantes que lutam por seus direitos vem da Saúde e da Educação que parecem ser afetados após dois anos de pandemia.

Com a paralisação pode ser também que sejam os setores que vão ocasionar maiores problemas para o prefeito Edinho, pois – isso aumentará a revolta dos pais que deixam seus filhos nas escolas municipais e elas não estão funcionando. A Saúde implica no atendimento das pessoas que procuraram atendimento nos postos.

A prefeitura contra-ataca as exigências dos servidores dizendo que agora, em abril, o município teve R$ 3 milhões sequestrados pelo Tribunal de Justiça por conta dos débitos com precatórios. A ordem judicial é para sequestrar R$ 9 milhões apenas no primeiro semestre. Já há medidas para outra ordem judicial para sequestro de mais R$ 9 milhões no segundo semestre. Somente em 2021, a prefeitura pagou R$ 48 milhões em precatórios. Nesse ano, o Município terá que quitar outros R$ 40 milhões. Só com verbas advocatícias, o valor das despesas é por volta de R$ 9 milhões de recursos públicos, o que torna a gestão municipal praticamente inviável.

O prefeito Edinho também alega que, ainda em 2021, a Prefeitura arcou com R$ 90 milhões de recursos próprios no enfrentamento à pandemia. Uma escolha correta para salvar vidas, diz ele. Esse investimento precisará ser incorporado ao orçamento municipal no próximo período, já que não existia previsão orçamentária para tamanha despesa imposta pela Covid-19.

O SISMAR entende que são situações diferentes criadas por problemas de gestão e que os servidores não podem ser penalizados por esses motivos, ficando decidida a greve para segunda-feira que vem, por tempo indeterminado.

Abaixo o clima neste momento em frente à prefeitura.