Nesta quinta (19), sexta e sábado será realizado o sexto dos 10 módulos programados dentro do Curso Turismo Rural, organizado pelo Sindicato Rural de Araraquara e o Senar SP, onde são discutidos e organizados os atrativos turísticos da nossa região.
Segundo a instrutora do Senar, Ângela Nigro, se trata de um programa de qualificação para turismo rural com uma carga horária de 240 horas distribuídas num período de oito meses. É verdade que a pandemia provocou alterações profundas na forma de realização, no entanto, o ponto fundamental que é a capacitação dos trabalhadores – isso vem sendo mantido e com o comprometimento de todos os participantes.
Os módulos abordam conhecimentos sobre potencialidade e oportunidade de negócios turísticos no meio rural; sustentabilidade, oportunidade e desenvolvimento de produtos e negócios turísticos; prevenção de acidentes no ambiente rural; condução de turismo; hospedagem em áreas rurais e atendimento ao cliente; meios de alimentação e comercialização de produtos e negócios turísticos no meio rural.
Ângela assegura que os participantes serão qualificados para uma nova oportunidade de negócios, fomentando o turismo rural em toda a região, que possui grande potencial de beleza e muitas curiosidades. A característica básica da capacitação é a de agregar valor à propriedade rural e aos produtos e culturas existentes na região, aliados às habilidades e vocações do produtor rural e sua família.
O programa qualificará vários empreendedores de turismo. Ao todo estão sendo atendidas pessoas do Assentamento Monte Alegre, diretamente envolvidas na cultura de produtos hortifrutigranjeiros e que mantém uma interação muito forte com a Rota do Ciclista, caminho utilizado pelos “trilheiros das bikes”, principalmente nos fins de semana.
Após cinco módulos realizados uma das participantes do curso se mostra animada com as explicações e conhecimentos repassados durante a qualificação por Ângela Nigro. Para ela, o curso já acrescenta novos conhecimentos, novas amizades e certamente uma organização profissional para seus negócios e um melhor atendimento aos clientes que terá futuramente.
Segundo o coordenador do Senar, engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas, os produtores rurais, as entidades e empresas do setor (hotéis, agências de turismo, restaurantes e serviços de apoio) são os maiores beneficiados com a realização do curso. O programa conta com a parceria do Sindicato Rural de Araraquara, mas também envolve Sebrae, Itesp e a CATI, cada um através do seu escritório regional.
POTENCIALIDADE DE ARARAQUARA
Sendo uma região aprazível que conta com uma gama de recursos para desenvolver e aumentar o turismo num raio de até 50 quilômetros, os “bikeiros” já encontram durante seus passeios uma diversidade de atrações já mostradas durante o curso, destacando-se as cachoeiras, antigas fazendas e construções históricas. “Aproveitar profissionalmente a vocação turística existente na região de Araraquara é uma nova oportunidade de ascensão na economia local e mais uma alternativa de renda para o homem do campo”, afirma João Henrique.
Ângela Nigro conta que desenvolver nos produtores rurais as técnicas de capacitação, e, dar a cada um o modelo apropriado de gestão para o negócio em ambientes saudáveis é o caminho natural para um futuro em que – muita gente dará um valor ainda maior á natureza.
VIVENDO NO CAMPO
O presidente do Sindicato Rural de Araraquara, Nicolau de Souza Freitas entende que a entidade cumpre sua missão de organizar e junto com os demais parceiros permitir que exista o fornecimento de ferramentas para identificar e implantar negócios de turismo. Tudo isso de acordo com os recursos encontrados no meio, aliados às habilidades e vocações do produtor rural e sua família.
O dirigente diz que além das produções tradicionais, o campo vem se tornando cada vez mais atrativo para novas atividades como o turismo rural, modalidade em expansão no Brasil. “É uma viagem ligada às raízes agrárias, valorizando a paisagem, gastronomia, estilo de vida e tradições das famílias que vivem longe dos centros urbanos”, ratifica.
Nicolau por ter vivido uma grande parte da sua vida no campo e ter portanto experiência suficiente para poder contribuir com o bem estar do pequeno produtor rural, sente que os participantes até o final do programa vão estar cientes sobre a importância do estudo das atividades,a gestão de empreendimentos, pontos de venda, hospedagem, alimentação, atendimento, gastronomia, organização de eventos. “Isso é o que podemos oferecer, mas é imprescindível que exista o comprometimento em se capacitar”.
Atualmente, o turista rural é motivado também pelo que é produzido nas propriedades rurais, principalmente de produtos orgânicos, produções artesanais e lazer.
