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Tomate Orgânico vira renda para produtores no Bela Vista

Dividido em módulos, o curso de Tomate Orgânico começa com o preparo do solo, plantio, segue com a condução da planta, controle de pragas, frutificação, colheita e beneficiamento. Desta feita o programa é realizado no Assentamento Bela Vista, em Araraquara.

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Preparação do solo para o plantio das mudas

Em busca de um diferencial na produção de alimentos, que os permita se firmar no campo, pequenos produtores rurais do Assentamento Bela Vista iniciaram no dia 7 de junho o curso sobre o plantio e a colheita de tomate orgânico. No dia 28 de junho os participantes voltaram a preparação do solo, que complementa o módulo I, segundo o instrutor Marcelo Sambiase, do Senar que trabalha em parceria com o Sindicato Rural de Araraquara.

O instrutor Marcelo Sambiase

As aulas, que estão sendo realizadas no próprio assentamento, começaram em junho vão até setembro (um módulo por mês), sendo ministradas em dois dias a cada mês, durante oito horas por dia. Entre teoria e prática, são abordadas técnicas de preparo do solo, plantio, tratos culturais, pragas e doenças, colheita, e comercialização e certificação.

Já faz tempo que o Sindicato Rural e o Senar se juntam para a realização deste trabalho em conjunto, diz o instrutor: “O objetivo é capacitar produtores, trabalhadores rurais e seus filhos para a produção orgânica, levando em conta que se trata de um movimento global, que cresce a cada dia”, comenta Sambiase.

Para ele, o mundo inteiro está produzindo e consumindo alimentos orgânicos, pois as vantagens são inúmeras, quando comparado aos métodos convencionais do mercado. Isso, acaba sendo uma alternativa muito interessante para o homem do campo, revela.

O acompanhamento técnico é muito importante nesta fase

Estudo recente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) identificou crescimento médio de 11% nas vendas de produtos orgânicos no mundo, entre 2000 e 2017, período em que o número de produtores subiu de 253 mil para 2,9 milhões. No Brasil, apesar de os dados ainda serem imprecisos, estimativas apontam crescimento médio de 17% entre 2010 e 2018, para cerca de 17 mil produtores orgânicos.

O coordenador regional do Senar, engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas explica que os produtores em busca de soluções que viabilizem sua  permanência no campo, faz tempo que participam de diversos cursos de capacitação oferecidos pelo sindicato e o Senar: “Anos atrás, a gente começou a ver informações sobre a produção de orgânicos e soubemos que o tomate é carro-chefe desse modo de produção. Então, procurarmos o Sindicato Rural e pedimos o programa para o assentamento. E, para a nossa felicidade, deu certo”, conta um dos participantes.

Ainda que o curso esteja em seu primeiro módulo os produtores não escondem sua eudoria: “Estamos plenamente satisfeitos. Sentimos-nos acolhidos pelo instrutor e pelas entidades”, comentam os alunos que já visualizam a colheita e a comercialização dos produtos aos compradores ou então a consumidores que serão criados ao longo deste tempo de preparação do solo e também plantio.