Home Destaques

Vereadora Thainara Faria perde o freio e ataca a diretoria da Câmara

A vereadora afirmou "o que a diretoria e a procuradoria legislativa fizeram comigo é “uma grande sacanagem” e agora entendo quando Jean Wyllys diz “canalhas”

1256
A vereadora Thainara Faria (PT)

Na sessão da Câmara desta terça-feira (6), dez projetos foram discutidos pelos vereadores. Em meio ao pequeno expediente (fala livre dos vereadores), a sessão foi suspensa por falta de quórum, e segundo apurado, os edis foram à cozinha fazer um “lanchinho” e aproveitar os 15 minutos de “recreio”.

A fala mais esperada da noite era a da vereadora Thainara Faria (PT), que explicaria as razões da sua saída da Escola do Legislativo.

Thainara protocolou na ultima sexta-feira (2), o pedido para deixar a presidência da Escola, pois segundo ela, há uma perseguição muito séria ocorrendo na Casa de Leis.

Ela disse que apresentou a todos os vereadores o projeto político pedagógico, pedindo inclusive que apresentassem sugestões para o calendário do ano todo, e que todo curso que os edis quisessem que tivesse na casa, o pedido teria que ser enviado com 60 dias de antecedência, para serem trabalhados com excelência.

Outro problema que ela diz ter encontrado na escola, foi a contratação de profissionais para ministrar cursos. Segundo a vereadora, no passado os parlamentares pediam cursos que nada tinham a ver com a finalidade da escola e indicavam professores de sua preferência, para receber, coisa que hoje Thainara diz que não acontece e que desta forma padronizaria as contratações dos profissionais.

Disse ainda que esses fatos estavam em curso desde  2015, onde pediam regulamentação; lembrou que em sua gestão as contratações eram feitas através de um banco de talento, onde o profissional receberia de acordo com sua graduação. Provocando então a diretoria legislativa e a procuradoria da casa, ela fez críticas e disse que era um “grande ato de sacanagem” e que entendia naquele momento quando Jean Wyllys dizia “canalhas”.

Foi provocada então a atual diretoria legislativa e toda a diretoria que fez a reforma da FGV e todos disseram que não havia problemas, que poderiam seguir e que depois regulamentava a figura da presidência da Escola do Legislativo.

Mas na quarta-feira foi chamada na sala da presidência da Casa de Leis e lhe foi apresentado um pacotão, onde para resolver a questão da escola, revogar a lei de 2013 e fazer adequações, não estaria prevista a figura do presidente da Escola do Legislativo.

A vereadora explicou que “já que eu tenho que sair que se remaneje uma servidora pública para dar conta dos trabalhos da escola, e a mim não foi apresentada nenhuma alternativa, tive que ouvir da procuradoria que eu estaria fazendo cursos para o meu eleitorado, quero que a comissão de ética desta casa verifique o foi feito nesses últimos meses, nós estávamos atendendo os interesses da população como plano político pedagógico desta casa, mas a sacanagem é tão grande que depois de um ano e meio de aprovada a reforma da FGV, onde alertei sobre a figura do presidente, mas me disseram que eu ficasse tranquila, até ser chamada para ser avisada que eu estaria incorrendo em improbidade administrativa se resolvêssemos a situação da Escola”

Thainara disse que abriu mão de todas as comissões da casa para cuidar exclusivamente da escola. Mostrou ainda uma camiseta da Escola, onde perguntou ao vereador Elias Chediek (MDB) se ali estava escrito que queria promover o seu mandato.

Disse ainda que vereadores se curvam diante da diretoria legislativa sem questionar juridicamente, se de fato estão falando a verdade ou se há outras alternativas. “Esse pacotão que promoveram, que não foi assinado pelo presidente da Casa Tenente Santana (MDB), e que faz várias alterações, há estranhamente a contemplação de cursos para servidores, que chegou a nosso conhecimento que custa em média cerca de R$ 3 mil, além de fretamento de carro até São Paulo e hotéis caríssimos, mas curso para a população não pode, mas eu estou de olho, vou mexer até achar o porque estão querendo tirar a figura do presidente da Escola do Legislativo. Vou lutar para que nesta casa quem mande sejam os políticos que foram eleitos pelo povo , não quem prestou concurso para ficar atendendo interesses pessoais, cuidem da escola como bem entenderem, que do povo cuido eu” – finalizou a edil.