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Dos 9 setores da iniciativa privada analisados pelo IBGE, 5 tiveram quedas acentuadas

Renda do trabalhador caiu 16% em cinco anos, permitindo o aumento da informalidade nas famílias

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Fazendo uma comparação entre o primeiro trimestre de 2014, antes da recessão, e os dois primeiros meses deste ano, os trabalhadores da rede hoteleira e restaurantes ou vendedores de alimentos, da construção e transportes, foram os que tiveram as maiores perdas reais de seus rendimentos, de 7,2% a 16,3%, segundo dados do Pnda – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios do IBGE.

Esta queda permitiu o aumento da informalidade nas famílias, sobretudo em atividades ligadas aos serviços como o transporte com aplicativos e a venda de alimentos e o afundamento do setor de construção civil, impactando nos rendimentos que estes trabalhadores têm recebido.


A queda no rendimento habitual gera um efeito negativo em cascata, na economia, pois o trabalhador com menos dinheiro no bolso gasta menos no mercadinho. O dono do mercadinho deixa de ir no restaurante. Quem trabalha em restaurantes ganha menos gorjetas do que antes da crise.

Fica evidenciado que os desempregados da indústria e do comércio recorreram ao transporte e alimentação para sobreviver, vendendo comida na rua ou se tornando motoristas de aplicativos. Os motoristas dos aplicativos apontaram que houve uma queda no movimento, assistindo os usuários dar preferencia para o uso do transporte coletivo.
O IBGE aponta que os trabalhadores na agricultura tiveram um aumento real expressivo do rendimento habitual de 5,2%.