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Saul Klein confirma sua saída do São Caetano

Em nota divulgada à imprensa, empresário confirmou que não ajudará mais o clube por conta de processos judiciais da São Caetano Futebol LTDA, liderada por Nairo Ferreira

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Crédito: RCIA Araraquara

O empresário Saul Klein oficializou a sua saída do São Caetano. Em comunicado enviado à imprensa no início da tarde desta terça-feira, o herdeiro das Casas Bahia confirmou que não ajudará mais o clube do ABCD.

Além de ter parado com a ajuda financeira, Klein também deixou o posto de Presidente de Honra, onde ajudou na prospecção de novos patrocinadores ao Azulão.

Em parte da nota, o empresário deixou claro que seu desligamento se deve pelas “inconformidades alarmantes na gestão do São Caetano Futebol Limitada [liderada por Nairo Ferreira], alvos de processos judiciais, são objetivamente a razão de meu afastamento definitivo”.

No dia 19 de novembro do ano passado, a MS Sports, liderada pelo empresário, passou a ser a nova acionista da Ferroviária.

Atualmente, o São Caetano está na última colocação do Grupo A-8 com apenas cinco pontos em 10 jogos disputados. Já a Ferroviária lidera o Grupo A-7 com 20 pontos e está próxima de avançar à próxima fase.

Confira a nota divulgada:

Após mais de duas décadas participando da história do futebol do São Caetano, anuncio oficialmente minha retirada da agremiação que conquistou milhões de brasileiros no início deste século. Tomo uma decisão que é o último estágio de um afastamento ditado pelas circunstâncias.

Primeiro, deixei no ano passado de contribuir maciçamente como doador oficial em valores registrados na Receita Federal. E agora o faço também como renunciante ao posto de Presidente de Honra, cuja tarefa consistia na obtenção de recursos em forma de patrocínios para minimizar os efeitos da gestão supostamente empresarial exercida ao longo dos anos pelo acionista da organização.

Estas intervenções socorristas foram suficientes para assegurar estabilidade técnica nos gramados, a ponto de o clube ter conquistado duas competições, a Copa Paulista no final do ano passado e, recentemente, a Série A-2 do Campeonato Paulista, elite do futebol estadual.

Resta a mim uma terceira parte da paixão pelo clube: a inesgotável condição de torcedor.

As inconformidades alarmantes na gestão do São Caetano Futebol Limitada, alvos de processos judiciais, são objetivamente a razão de meu afastamento definitivo.

Mais que isso: me causaram tanto inconformismo, a ponto de não resistir à proposta de dirigir de forma efetivamente empresarial, agora longe da condição de mecenas, uma nova agremiação, no caso a Ferroviária de Araraquara, à qual me dedico com o entusiasmo de quem faz do futebol a extensão da própria vida.

Resta a esperança de que o São Caetano Futebol Limitada encontre um futuro próximo que restabeleça a ordem de nobreza histórica de grandes conquistas. Que os sempre anunciados novos dirigentes exercitem tal missão com sucesso. Este torcedor ficará muito feliz.