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Celular de Promotor de Araraquara foi o primeiro a ser invadido por Delgatti

Walter Delgatti Neto, segundo pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, disse que, a partir dos contatos do aparelho do Promotor Marcel Zanin Bombardi, teve acesso a outros números de autoridades

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Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, preso em Brasília quatro anos atrás

Com a divulgação da decisão da 10ª Vara do Distrito Federal para prender os Racker`s de Araraquara fica claro que as maiores implicações ficaram por conta da localidade que partiram os ataques. Os endereços apontados estão os bairros Ribeirania de Ribeirão Preto –SP (Delgatti), Parque Munhoz  em São Paulo (Gustavo Henrique Elias e Suelen Priscila de Oliveira) e no bairro Jardim Roberto Selmi Dei, todos estes bairros são apontados como endereço de instalação de protocolo IP de onde partiram os ataques.

Neste caso a prova técnica da policia federal é clara ao apontar de onde partiram os ataques aos aparelhos das autoridades. Apesar da ordenação das buscas em 5 endereços diferentes em Araraquara, somente um endereço de fato é confirmado como local que partiu o ataque, situado no bairro Selmi Dei. Os demais endereços de Araraquara estão apenas vinculados aos Racker´s, mas não apontam como pontos das referências dos ataques. Outro sinal em que fica evidenciado é o de São Paulo, local este em que estava Gustavo e Priscila.

Os ataques das invasões de Walter Delgatti Neto partiram do seu apartamento de Ribeirânia, Ribeirão Preto/ SP.

Desassociar a ligação de Delgatti com Gustavo aparentemente parece ser uma missão quase impossível na arguição dos defensores, embora a defesa de Gustavo já tenha argumentado atrito entre os dois devido Delgatti ter invadido celular de Gustavo.

A decisão não aponta que o endereço do Jardim das Paineiras em Araraquara vinculado a Danilo Cristiano Marques tenha o IP de onde partiram os ataques, dando vida a uma hipótese que possa ser colocado em liberdade após o quinquídio.

Os investigadores que atuaram na apuração das invasões dos celulares do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de magistrados, procuradores e policiais apontaram que os suspeitos de terem feito o hackeamento dispararam 5.616 ligações para os telefones das autoridades por meio de robôs para congestionar as linhas e, com isso, viabilizar o acesso às contas do aplicativo de mensagens Telegram e atacaram aproximadamente mil telefones celulares, entre eles já foi confessado por Delgatti uma autoridade de Araraquara do Poder Judiciário. Trata-se do promotor Marcel Zanin Bombardi, que teria como motivação o fato de Delgatti ter sido denunciado por ele, em 2015, em um caso envolvendo tráfico de drogas. A expectativa é sobre o fornecimento da lista dos números que foram alvos do ataque. Ministros do STF estão entre os alvos do grupo de hackers e até o final desta quinta-feira (25) os nomes devem ser revelados.

Com a confissão de Walter por ter invadido o celular das autoridades dando o acesso ao Intercept, Glenn Greenwald fundador do site The Intercept Brasil, disse, em nota que “não comenta assuntos relacionados a identidade de suas fontes anônimas”. Conduzindo então a alguns questionamentos: Quem são as vitimas? Quem bancou este trabalho? Com que dinheiro foi pago o trabalho? O Intercept pagou quanto pelo que foi publicado? O material foi ganho por afinidades ideológicas? Configura ou não crime de receptação?