A Embraer anunciou ao mercado durante esta semana que concluiu integralmente a separação da divisão da Aviação Comercial do restante da companhia, etapa da transação comercial com a norte-americana Boeing.
“A Companhia informa a seus acionistas e ao mercado que, na presente data, foi implementada a segregação interna do negócio de aviação comercial da Companhia”, informou Antonio Carlos Garcia, vice-presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores da Embraer, em comunicado ao mercado.
A venda para a Boeing Brasil Commercial, que deterá 80% da Aviação Comercial da Embraer, será feita por meio da empresa Yaborã Indústria Aeronáutica S.A., constituída pela Embraer com a finalidade de concluir a transação comercial.
Ainda no comunicado, a Embraer informou que a Yaborã assume os “ativos, passivos, bens, direitos e obrigações referentes à unidade de negócio de aviação comercial da Embraer”.
O negócio com a Boeing ainda depende da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), no Brasil, e da Comissão Europeia. A Embraer evitou estipular um prazo para o término da transação comercial.
“Até que tais aprovações sejam obtidas e as demais condições sejam satisfeitas, não há garantias quanto à consumação da Operação ou ao prazo para sua conclusão, continuando a Embraer e a Boeing a envidar seus melhores esforços para que o fechamento da Operação ocorra no menor prazo possível”, informou a fabricante.
APROVAÇÃO
A parceria comercial com a Boeing foi aprovada pelo governo brasileiro há um ano e pelos acionistas da Embraer em fevereiro de 2019. Desde então, as duas fabricantes trabalham para completar o negócio.
Em maio do ano passado, as companhias definiram como “Boeing Brasil Commercial” o nome da joint venture que abrigará a Aviação Comercial da Embraer. A Boeing terá 80% do negócio e a Embraer, 20%.