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Se projeto de Edio Lopes fosse aprovado a quebra da safra canavieira em Araraquara seria de 40%

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Canasol Interna 01

Canasol Interna 01Edio Lopes, autor do projeto

Durante a 68ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Araraquara realizada nesta terça-feira (12), a votação e discussão sobre o Projeto de Lei nº 218/2017, de autoria do vereador petista Édio Lopes (PT), ganhou destaque.

Após as respectivas defesas dos inscritos na Tribuna Popular, os parlamentares declararam seus votos e justificativas. Por dez votos contrários e seis favoráveis, o projeto não foi aprovado. A maioria dos argumentos centralizaram-se na ideia de que Araraquara é uma cidade historicamente dependente da produção da cana-de-açúcar e a proibição da pulverização aérea seria muito radical.

O resultado da votação do projeto deve ser visto, analisado de forma consciente, sem que ocorra prejuízo para as partes envolvidas na questão, disse o presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello de Oliveira.

Segundo ele, a atividade em discussão, tecnicamente já foi amplamente analisada pela sociedade brasileira em seu todo e assim não se pode propor ou se impor soluções inadequadas para uma atividade que já é regulamentada pela Legislação Federal.

Canasol Interna 02Vice-presidente Tatiana Teixeira Campos Leite representou a Canasol 

Para a vice-presidente Tatiana Caiano Teixeira Campos Leite, que representou a Canasol durante a sessão na Câmara, se o projeto fosse aprovado estaria sendo visto de maneira inconstitucional, proibindo uma atividade permitida e regulamentada legalmente. Nos debates ao lado de Tatiana estava a também advogada Renata Camargo, da ÚNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) que disse: “A cana é dependente do uso do instrumento aéreo, pois não há como entrar no canavial depois que a planta atinge uma certa altura”.

Outro comentário importante de Renata Camargo foi sobre os impactos na economia: “Caso o projeto vá em frente significará uma quebra de 40% da safra, isso significa dizer em relação aos empregos que o setor tem diretos e indiretos e que perderia, criando 910 mil desempregados”.

A Canasol como já foi dito em várias oportunidades entende que a saída para a solução de certos problemas sempre foi, e sempre será o diálogo, jamais o confronto. Porém, não foi esse o caminho trilhado pelo autor da lei.

Canasol Interna 03Advogada Renata Camargo, da ÚNICA

 DEPOIS DA VOTAÇÃO

Luís Henrique, como engenheiro agrônomo e presidente da Canasol, comentou que a cana-de-acúcar é uma das culturas que menos aplica defensivos por via aérea e uma das que mais utiliza o controle biológico de pragas. Contudo, há situações em que o controle através de defensivos é imprescindível até a pesquisa não oferecer uma alternativa.

“Não é porque o resultado tenha sido vitorioso aos produtores, que vamos deixar de debater hoje e sempre esse controle. Sempre estaremos abertos ao diálogo para o controle, preservação do meio ambiente e uma cultura sadia, com qualidade e segurança para todos”, finalizou o dirigente.