Home Geral

Sessão da Câmara: Com “melindres e farpas” entre bancadas, 22 requerimentos foram discutidos

64

E novamente a pauta foi invertida na sessão da Câmara desta terça-feira (19), a pedido do líder da bancada petista Toninho do Mel, diante de 22 requerimentos colocados para discussão, sendo assim não houve pequeno expediente, momento em que os parlamentares colocam seus trabalhos efetuados durante a semana.

Para o vereador Rafael de Angeli (PSDB), isso é cercear o direito de fala e deixa clara a posição antidemocrática de alguns parlamentares que querem horários fixos para ir embora, “é o PT não honrando o nome do partido” afirmou ele ao Portal RCIARARAQUARA.

Algumas “farpas” foram trocadas entre De Angeli e a petista Thainara Faria, devido Rafael dizer que nos lugares que visita muitas pessoas reclamam que o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) tem diminuído o numero de funcionários em uma série de lugares e o Edil disse ainda, que era para a população se atentar ao trabalho dos vereadores, não só pelo o que eles falam em sessão “porque falar até papagaio fala”.

O mal estar entre as bancadas do governo e oposicionistas, está  cada vez mais clara, principalmente entre Rafael e Thainara, que nos debates “sai faísca”. Como se já houvesse uma guerra declarada.

O vice-presidente da Casa de Leis Edio Lopes (PT), que conduziu a sessão, devido ao fato do presidente Tenente Santana não se sentir bem, por estar com dengue, suspendeu a sessão por alguns minutos para pedir aos parlamentares que todos fossem mais diretos, e focassem nos assuntos, pois, a sessão contava com 22 requerimentos a ser discutidos.

Em um dos requerimentos a bancada do PSDB, pediu explicações sobre a situação precária que enfrenta o Parque Infantil.
Toninho do Mel, disse que na praça sempre houve pombos e que a situação não é tão ruim quanto a oposição tenta pintar. Para Roger Mendes (PP), o local precisa de intervenção, mas não é ruim. José Carlos Porsani então convidou a todos para uma visita ao parque, para que possam constatar a real situação.

Edio Lopes, disse que as praças precisam de zeladoria, mas que a oposição “pregava o ódio” em relação aos espaços públicos para que as pessoas esvaziem esses locais.
Thainara Faria disse que existe vereador que caso a Casa se utilizasse de ponto para marcar presença, teria dificuldades em receber provimentos, pois não aparece na Câmara, não deu nome, mas deixou no ar.

Zé Luiz (Zé Macaco) PPS, em sua tentativa de salvaguardar o Executivo, afirmou que a falta de zeladoria da cidade, era resultado da herança da antiga administração. E que o prefeito Edinho estava trabalhando muito para suprir as deficiências e demandas que hoje se apresentam.

Para Magal Verri (MDB), a cidade poderia estar melhor, mas diante da situação das cidades da região, Araraquara ainda é melhor, e que falar mal da cidade não tráz benefícios.

Em resposta a bancada oposicionista disse que falar mal é diferente de tapar os olhos diante da realidade que se apresenta atualmente na cidade. “Falar a verdade não é ser inimigo da prefeitura”- disse o delegado tucano Elton Negrini.

Em um dos requerimentos de Dr. Elton Negrini, ao menos todos concordaram, a situação da dengue, onde a população pouco colabora para que a epidemia consiga ser sanada pela prefeitura.

As 23h20 uma nova discussão se iniciou entre Rafael de Angeli e o petista Paulo Landim, quando o tucano lia uma mensagem enviada em seu Whatsaap, por um pai de aluno, de uma escola que fica localizada próxima a Via Expressa, onde uma das alunas foi atropelada ao atravessar a rua. O pai indignado falava da falta de consideração do poder público quanto às sinalizações e a dengue que assola a cidade, quando foi interrompido por Landim e Zé Macaco, afirmando que não dava para ficar lendo mensagens em meio às discussões de requerimento.
Vale ressaltar que a mensagem dizia respeito ao requerimento em questão.

A sessão foi suspensa por cinco minutos pelo presidente interino Edio Lopes, após pedir aos demais que respeitassem a fala de Rafael, no que não foi atendido.

No retorno, Rafael disse que sempre lerá as mensagens dos munícipes afinal se não puder debater os problemas da cidade, “não faz sentido estarmos aqui”.

E assim, a sessão seguiu madrugada a dentro.